Quentin Tarantino preparava-se para avançar com o seu décimo e último.
Fontes revelaram ao The Hollywood Reporter que "The Movie Critic" ["A crítica de cinema", em tradução literal] é o título do argumento que Tarantino escreveu e tenciona arrancar com a produção no próximo outono.
Os detalhes estão a ser mantidos em segredo, mas a história decorre no final dos anos 1970 em Los Angeles e no centro estará uma protagonista feminina.
A revista avança que é "possível" que a história se inspire em Pauline Kael, uma das críticas de cinema mais importantes e controversas de sempre.
Falecida em 2011, era também ensaísta e romancista, e conhecida pela defesa apaixonada de certos realizadores autores, mas também pelo estilo combativo com que enfrentava de frente editores ou cineastas que se tornavam ódios de estimação. No final da década de 1970, também trabalhou por pouco tempo para o estúdio Paramount como consultora, a pedido do ator e realizador Warren Beatty.
O projeto ainda não tem estúdio, mas deverá ser apresentado ainda esta semana em Hollywood. É provável que a Sony parta na dianteira, por causa da relação de Tarantino com o seu presidente executivo Tom Rothman e que foi o distribuidor do filme anterior, "Era Uma Vez em... Hollywood" (2019).
Tarantino sempre disse que só queria fazer dez filmes ou reformar-se quando chegasse aos 60 anos, dedicando-se a outras atividades, como a literatura. Já fez nove (contando os dois volumes de "Kill Bill" como um filme) e faz 60 este mês.
Ao longo dos anos tem justificado a sua posição em entrevistas: os realizadores não ficam melhores conforme envelhecem e os últimos filmes das suas carreiras costumam ser os piores.
Ao longo da carreira que começou com "Cães Danados" em 1992, Taantino ganhou dois Óscares pelos argumentos de "Pulp Fiction" (1994) e "Django Libertado" (2012) e recebeu três nomeações como realizador (pelos mesmos filmes e ainda "Sacanas Sem Lei", de 2009) e um como produtor de um Melhor Filme ("Era Uma Vez em... Hollywood").
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