Chris Hemsworth, o Thor no Universo Cinematográfico Marvel, reconheceu que é difícil ouvir as opiniões dos lendários cineastas Martin Scorsese e Quentin Tarantino sobre os filmes de super-heróis e, especificamente, os da Marvel.
O debate sobre as consequências do domínio avassalador dos filmes de super-heróis na indústria cinematográfica e o seu mérito artístico ganhou outra dimensão em 2019, quando Scorsese comparou as produções da Marvel a "parques de diversão" e não a cinema, declarações polémicas e virais que mereceram até uma reação do então principal líder da Disney, Bob Iger.
Em novembro de 2022, Tarantino aumentou as suas críticas que já eram conhecidas ao falar sobre uma 'marvelização' de Hollywood, defendendo que as personagens dos super-heróis é que eram as estrelas de cinema e não os atores que as interpretavam, destacando especificamente o Capitão América e... Thor.
Caracterizou ainda esta como a "pior era de Hollywood" e escreveu num livro que os realizadores da atualidade "mal podem esperar pelo dia" em que os filmes de super-heróis deixem de estar na moda e descreveu quem os faz como "mão de obra contratada".
“É super deprimente quando ouço isso. Lá se vão dois dos meus heróis com quem não vou trabalhar. Acho que eles não são meus fãs", admitiu Chris Hemsworth numa nova entrevista à revista GQ, com a jornalista a notar a sua tensão ao falar do tema.
Segundo o ator australiano, os filmes da Marvel serviram um propósito importante: "Estou grato por ter feito parte de algo que manteve as pessoas nos cinemas. Agora, se esses filmes prejudicaram ou não outros filmes, não sei".
“Não gosto quando a gente começa a se escrutinar quando há tanta fragilidade no negócio e nesse espaço das artes tal como está…", acrescentou.
"Digo isso menos para os diretores que fizeram esses comentários, que ainda são todos, aliás, meus heróis, e iria a correr trabalhar com qualquer um deles. Mas digo-o mais em relação à opinião mais ampla à volta desse tema", esclareceu.
"Acho que nenhum de nós tem a resposta [sobre o futuro do cinema], mas estamos a tentar, concluiu.
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