Dois anos depois, Chris Hemsworth ainda não ultrapassou a desilusão de "Thor: Amor e Trovão", o seu último capítulo como super-herói no Universo Cinematográfico Marvel.
Muitos críticos e fãs queixaram-se da história e de que o realizador e argumentista Taika Waititi exagerou no "humor pateta" que o popularizou (e uma das razões para o sucesso do filme anterior, "Thor: Ragnarok").
“Deixei-me levar pela improvisação e pela loucura e tornei-me uma paródia de mim mesmo. Não acertei”, comentou numa nova entrevista à Vanity Fair [acesso pago] (via The Hollywood Reporter).
O perfil acrescenta que "acha que deve aos fãs outro Thor" por causa da qualidade do quarto filme.
O ator australiano já tinha admitido que o quarto filme tinha ficado abaixo das expectativas numa entrevista à revista GQ em junho do ano passado: "Acho que nos divertimos demais. Tornou-se muito pateta. É sempre difícil estar no centro e ter uma perspetiva real…".
Hemsworth também dá a entender à Vanity Fair que a popular saga de ação "Tyler Rake" que fez para a Netflix não está propriamente entre as suas experiências artísticas mais gratificantes, comentando como foi passar com uma lesão nas costas da rodagem do segundo filme diretamente para a preparação de "Furiosa: Uma Saga Mad Max", que chega aos cinemas em maio.
“Assim que cheguei aos ensaios, tudo melhorou. Revigorou-me. Sofrer sem um propósito é horrível. Sofrer com um propósito pode ser rejuvenescedor e reabastecedor. Estava tão cansado de mim mesmo e agora tive que me perder numa personagem”, refletiu.
O ator também conta que se viu a colocar algumas perguntas a si mesmo sobre a carreira após fazer 27 filmes, oito deles da Marvel, em 12 anos, apenas pela ansiedade de não receber propostas para outros géneros.
"Preocupava-me com tudo. Nada era tão agradável como antes ou como eu imaginava que fosse. Estava a fazer filmes uns atrás dos outros, promoções de imprensa, estava casado e tinha três filhos pequenos, e tudo acontecia ao mesmo tempo num período muito curto. Está-se mais ou menos cansado, vai-se fazer algo com pouco no tanque e começa-se a deitar as coisas abaixo: 'Estou a fazer este filme porquê?' 'Por que é que este argumento não é melhor?' 'Por que é que aquele realizador não me contactou para isto ou não pensaram em mim para este papel?' 'Por que é que o [Martin] Scorsese ou o [Quentin] Tarantino não me chamam?' Comecei a levar tudo muito a sério e muito para o lado pessoal”, admitiu.
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