O realizador sueco Ruben Östlund, que já venceu duas vezes a Palma de Ouro, será o presidente do júri do Festival de Cannes em 2023, anunciou a organização do evento.
Östlund, 48 anos, recebeu o prémio máximo do festival no ano passado por "Triângulo da Tristeza", produção que aborda a divisão de classes durante uma viagem num cruzeiro.
O filme também recebeu três nomeações aos Óscares: Melhor Filme, Realização e Argumento Original.
O sueco também venceu a Palma de Ouro em 2017, por "O Quadrado", outra visão ácida sobre o mundo da arte.
Em comunicado, Östlund afirmou que está "feliz, orgulhoso e humilde por receber a honra" de liderar o júri, exatamente 50 anos após a sua compatriota Ingrid Bergman ter assumido a função.
Esta será a terceira vez que um cineasta com duas Palmas de Ouro vai liderar o júri em Cannes, depois de Francis Ford Coppola e Emir Kusturica, e a primeira em que a presidência é atribuída ao atual vencedor do festival.
A lista de filmes da mostra competitiva deve ser anunciada no próximo mês, assim como os demais membros do júri.
Östlund ganhou destaque pelos seus retratos contundentes das fragilidades vergonhosas da classe média ocidental.
Ele chamou a atenção internacional em 2014 com "Força Maior", filme que venceu a mostra paralela "Um Certo Olhar" em Cannes.
Três anos depois, recebeu a Palma de Ouro por "O Quadrado", também ambientado na Suécia, mas com a participação de estrelas internacionais, como a norte-americana Elisabeth Moss e o britânico Dominic West.
Após a vitória do ano passado, Östlund afirmou que a sua intenção perante os espectadores era "entretê-los, fazer com que façam perguntas, que saiam da sessão e tenham algo sobre o que falar".
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