Mark Ruffalo tem a fama e o proveito de não conseguir guardar os segredos da Marvel, mas demorou bastante tempo a contar provavelmente o maior de todos: o presidente dos estúdios quase desistiu do cargo por causa da falta de representatividade no Universo Cinematográfico.
A revelação surgiu quando se falou na histórica falta de personagens LGBTQI+ nos filmes durante uma entrevista ao jornal britânico The Independent.
Durante a rodagem do primeiro "Vingadores" (2012), Kevin Feige terá confidenciado que podia não regressar no dia a seguir ao intérprete de Bruce Banner/Hulk.
O presidente dos estúdios Marvel contou que "Ike [Perlmutter, o maior acionista naquela altura da Disney] não acredita que alguém vá ver um filme de super-heróis protagonizado por uma mulher. Portanto, saberás que ganhei essa batalha se ainda cá estiver amanhã."
A julgar pelas palavras de Mark Ruffalo, esta batalha com os poderes dentro da Disney que se revelou decisiva terá ocorrido em 2011, apenas três anos após a estreia do primeiro filme do Universo Cinematográfico, "Homem de Ferro".
"Esse foi o ponto de viragem para a Marvel. Porque o Kevin queria super-heróis negros, super-heroínas, super-heróis LGBT. Ele mudou todo o Universo Marvel", salientou o ator.
Com 23 filmes desde 2008 e vários projetos em prepararação, "nenhum outro estúdio está a ser tão inclusivo a esse nível”, defendeu, dando como exemplos "Viúva Negra", "Capitão Marvel" e da futura série "She Hulk" para o Disney+.
"No entanto, eles precisam mudar [os outros estúdios]. Este é o mundo. A cultura está muito à frente da política", concluiu.
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