O actor revelara em Março de 2008 que sofria de cancro no pâncreas e desenvolveu desde então uma forte luta contra a doença, mantendo-se optimista nas suas contínuas aparições públicas, e insistindo em continuar a trabalhar na série televisiva
«The Beast». No fim, a doença falou mais alto e na madrugada de hoje em Portugal, correspondente ao final da tarde de segunda-feira em Los Angeles, surgiu o comunicado da sua agente: «
Patrick Swayze faleceu hoje em paz e com a família ao seu lado após enfrentar os desafios da doença nos últimos 20 meses».
Entre as muitas celebridades que já se expressaram publicamente sobre a morte de Swayze, destaque para
Whoopy Goldberg, que com ele contracenou em
«Ghost - Espírito do Amor», e que sublinhou que «Patrick era um homem muito bom e engraçado, e a quem eu devo muito que não poderei pagar. Acredito na mensagem de «Ghost» por isso ele estará sempre por perto».
Arnold Schwarzenegger, actual governador da California, também já declarou que «Patrick Swayze era um artista talentoso e apaixonado que contectou de forma memorável com as audiências de todo o mundo. Eu admirava Patrick como fã e como actor e sei que a sua ausência será muito sentida».
Patric Swayze nasceu no Texas em 1952 onde praticou dança clássica, talento que aperfeiçoaria em Nova Iorque, nas escolas Joffrey e Harkness Ballet. Após curtos papéis no cinema e na televisão, integra em 1983 o elenco de futuras estrelas do filme
«Os Marginais», de
Francis Ford Coppola, em parelha como nomes que mais tarde seriam grandes, como
Tom Cruise,
Emilio Estevez,
Rob Lowe e
Diane Lane.
No ano seguinte, continuaria a surgir junto da nova geração de actores de Hollywood no filme de guerra
«Amanhecer Violento», de
John Milius, e logo a seguir no drama
«Youngblood».
O seu primeiro grande sucesso surgiu em 1985, como protagonista da série televisiva
«Norte e Sul», um épico de grande orçamento, recheado de estrelas, sobre a Guerra Civil Americana. Seguiu-se em 1987 o papel que lhe garantiu a imortalidade aos olhos de uma geração, o do instrutor de dança de
«Dirty Dancing - Dança Comigo», um filme de baixo orçamento previsto para seguir directamente para vídeo, mas que se revelou um êxito descomunal e tornou Swayze uma estrela internacional. O actor demonstrou aí os seus dotes de actor e também de cantor, com a balada
«She's like the Wind».
Os filmes seguintes não foram muito felizes, com Swayze a protagonizar fitas de acção como
«Profissão Duro», mas em 1990 o sucesso internacional voltou a sorrir-lhe com o êxito esmagador de
«Ghost - Espírito do Amor», que chegaria a ser nomeado ao Óscar de Melhor Filme.
No ano seguinte, voltou ao cinema de acção, mas com um excelente filme,
«Ruptura Explosiva», de
Kathryn Bigelow e ao lado de
Keanu Reeves, como o assaltante surfista e paraquedista que gosta de testar os seus limites.
Desde então, a sua carreira nunca mais voltou a atingir o mesmo sucesso, apesar de interpretações mais sensíveis em filmes como
«A Cidade da Alegria», de
Roland Joffé, um drama passado na Índia, ou e em toada mais humorística
«Os Três Mosqueteiros do Amor», como parte integrante de um trio de travestis juntamente com
John Leguizamo e
Wesley Snipes.
Em 2001, voltou a ser falado pelo seu papel secundário no clássico de culto
«Donnie Darko» mas os seus trabalhos seguintes passarem relativamente despercebidos. A série televisiva
«The Beast» foi o seu último trabalho, mas foi cancelada em Junho último devido à doença do actor.
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