É reconhecido por todos que uma das principais razões porque muita gente assiste em directo à cerimónia de entrega dos Óscares, que este ano se realiza a 22 de Fevereiro, é para saber o que cada estrela traz vestido.
E é precisamente na passadeira vermelha colocada no exterior do Kodak Thatre de Hollywood, onde a cerimónia tem lugar, que as celebridades dão primeiro a conhecer o seu visual para a festa.
Segundo o
Los Angeles Times, os organizadores da Academia têm pedido aos agentes de várias das estrelas que vão apresentar prémios na cerimónia para entrarem no
Kodak Theatre por uma porta traseira para serem vistos pela primeira vez durante a própria emissão.
A ideia é aumentar a audiência do espectáculo televisivo, que tem caído a pique nos últimos anos, atingindo em 2008 um total de 32 milhões de espectadores, menos 20% que no ano anterior.
A estratégia tem causado bastante preocupação e consternação entre os estilistas que preparam as estrelas e têm publicidade gratuita na passadeira vermelha (onde as celebridades nunca deixam de dizer o nome de quem lhes criou a roupa) e entre os próprios fotógrafos, que têm nessa parte do espectáculo o ponto alto da noite.
Leslie Unger, porta-voz da Academia, confirmou que tinha «esperança de que algumas das pessoas a apresentar os prémios fossem uma surpresa» na cerimónia deste ano, embora tenha sublinhado que «haverá certamente actores e actrizes na passadeira vermelha».
Esta medida integra-se noutra que a Academia tomou há algumas semanas, pela mesma razão de aumentar a expectativa em relação ao espectáculo e, consequentemente, as audiências: a de não revelar de antemão qualquer um dos apresentadores da cerimónia.
Assim, e a concretizar-se a adesão dos actores ao pedido da Academia, o mais provável será vermos na passadeira vermelha os nomeados deste ano, que todos sabem que irão estar presentes, e eventualmente os vencedores dos prémios de interpretação do ano passado, tradicionalmente apresentadores do respectivo troféu ao sexo oposto no ano seguinte.
Mas entre os profissionais, a reacção não tem sido unanimemente negativa.
Alguns produtores de televisão até ficaram satisfeitos pelo alívio do trabalho que a sobredose de estrelas representa.
Matthew Singerman, executivo da
TV Guide Network, sublinhou que «na maioria das vezes, nem sequer conseguimos chegar a metade das estrelas».
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