A caminho dos
Óscares 2025
"O Brutalista" é o melhor filme de 2024 para a New York Film Critics Circle.
O épico de Brady Corbet muito ovacionado no festival de Veneza reforçou a sua posição na categoria com forte concorrência na temporada de prémios ainda com um segundo prémio, o de Melhor Ator para Adrien Brody, que voltou a interpretar um sobrevivente do Holocausto, 22 anos após a estatueta dourada conquista com "O Pianista".
Com estreia em Portugal marcada para 23 de janeiro, alguns dias após o anúncio das nomeações para os Óscares, o filme de 205 minutos ainda com Guy Pearce, Felicity Jones e Alessandro Nivola, prende o espectador com a história de um arquiteto húngaro que escapa do Holocausto para cair nas mãos de um filantropo despótico nos EUA, misturando arte, arquitetura, amor e história contemporânea.
A New York Film Critics Circle é mais antiga organização de críticos de cinema nos EUA e uma das mais prestigiadas, que gosta de se apresentar como uma "alternativa" aos Óscares: as escolhas de Melhor Filme coincidiram 31 vezes em 88 anos e a mais recente foi com "O Artista" em 2012. No ano passado, o filme premiado foi "Assassinos da Lua das Flores".
Na votação que decorreu ao longo de várias horas na terça-feira, o prémio de Melhor Atriz foi para Marianne Jean-Baptiste por "Hard Truths", um reencontro artístico com o realizador britânico Mike Leigh, que a revelou internacionalmente com "Segredos e Mentiras" (1996). Não está anunciada a estreia em Portugal.
Os prémios para melhores atores secundários foram para Kieran Culkin por "A Verdadeira Dor" (o filme realizado pelo também ator Jesse Eisenberg tem estreia anunciada para 16 de janeiro) e Carol Kane por "Between the Temples" (a aguardar data de estreia em Portugal).
RaMell Ross ganhou Melhor Realização por "Nickel Boys", o mesmo prémio que recebera 24 horas antes nos Gotham Awards, destinados ao cinema de produção independente: ainda com um segundo galardão para Melhor Fotografia, não está anunciada estreia portuguesa para o filme sobre a história de dois jovens internados na década de 1960 em Dozier School for Boys, um reformatório da Flórida que era conhecido pelos seus tratamentos abusivos.
Ainda nos cinemas nacionais, "Anora", outro filme que fortes hipóteses para os Óscares, ficou pelo prémio de Melhor Argumento para o realizador Sean Baker.
A chegar aos grandes ecrãs nacionais a 19 de dezembro "All We Imagine as Light – Tudo o Que Imaginamos Como Luz", de Payal Kapadia, foi votado o Melhor Filme Internacional.
Prémio do Júri e do Público no Festival de Annecy, "Flow - À Deriva" foi agora eleito o Melhor Filme de Animação de 2024, mas a estreia portuguesa está anunciada para 17 de abril do próximo ano.
Sem estreia por cá estão outros dois títulos premiados: "No Other Land", de Yuval Abraham, Basel Adra, Hamdan Ballal e Rachel Szor, foi considerado o Melhor Documentário, e "Janet Planet", de Annie Baker, o Melhor Primeiro Filme.
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