A prequela de "The Hunger Games" permaneceu surpreendentemente e com facilidades no topo das bilheteiras na América do Norte durante o longo fim de semana da temporada festiva de Ação de Graças nos EUA, rechaçando uma invasão do novo filme de Ridley Scott "Napoleão" e ainda beneficiou do fraco desempenho comercial da animação da Disney "Wish", informou a empresa analista da indústria Exhibitor Relations no domingo.
Ao todo, as bilheteiras do "Thanksgiving" cresceram 40% ou mais em relação ao ano passado, mas ainda estão distantes dos tempos da pré-pandemia, com receitas 34% abaixo em relação a 2019.
"The Hunger Games: A Balada dos Pássaros e das Serpentes" arrecadou cerca de 42 milhões de dólares de quarta a domingo - impulsionados pelos espectadores do feriado de Ação de Graças - e 28,8 milhões no período habitual de sexta a domingo.
Com um custo de 100 milhões e a caminho de outros tantos de receitas na América do Norte e 200 a nível global, solidificando as hipóteses para mais filmes, este quinto da série “The Hunger Games" é protagonizado estrelado por Tom Blyth, Rachel Zegler e Peter Dinklage sobre uma história centrada na décima edição dos "Jogos da Fome" no estado distópico de Panem.
Em segundo lugar, não surge "Wish", mas a versão mais recente do épico "Napoleão", com vendas de bilhetes de 32,5 milhões de dólares para o fim de semana de cinco dias e 20,4 milhões para três dias, superando largamente as previsões de 22 a 25 milhões entre quarta-feira e domingo.
“Embora esta seja uma boa abertura para uma aventura de ação épica de época, o custo de produção [200 milhões] é enorme para este tipo de filme”, disse o analista David A. Gross, que destacou o “pedigree” do cineasta Ridley Scott e a forte liderança de Joaquin Phoenix, como o imperador francês, e Vanessa Kirby, como a Imperatriz Josephine.
O cenário europeu da história deve ajudar o filme a ter um desempenho superior no estrangeiro, acrescentou o analista. Mas o filme teve um orçamento de produção “enorme” de 200 milhões de dólares, observou, e gerou reações mornas, com muitos críticos franceses a criticar as imprecisões históricas.
A Disney, entretanto, não realizou seu “desejo” com o lançamento da luxuosa longa-metragem de animação com esse nome: em vez do primeiro lugar, "Wish: O Poder dos Desejos" surge em terceiro e arrecadou 31,7 milhões durante os cinco dias e 19,5 milhões em três, o que Gross disse ser cerca de metade do que filmes semelhantes do estúdio ganharam no passado ("Encanto abriu com 40,3 milhões em 2021, mas "Frozen II" arrancou com 123.7 em 2019, "Ralph vs Internet” com 84.6 em 2018 e "Coco" com 71 em 2017).
Antes da temporada festiva, as previsões para "Wish" iam dos 45 aos 50 milhões.
“A luta é real para o filme de animação de 200 milhões e para o próprio Reino Mágico", salientou a Exhibitor Relations na rede social X, antigo Twitter, aludindo às dificuldades nas bilheteiras esta ano para a Disney, com exceção de "Guardiões da Galáxia, Vol. 3".
"Wish" é a segunda estreia dececionante em poucas semanas para o estúdio; "The Marvels" teve a pior estreia de todos os tempos no Universo Cinematográfico Marvel. Ainda assim, pode recuperar e ter um longo percurso comercial, como aconteceu com "Elemental" e "Encanto" após estreias igualmente desoladoras, uma vez que as reações dos inquéritos aos espectadores à saída dos cinemas são muito positivas.
Com a voz da vencedora do Óscar Ariana DeBose e de Chris Pine, "Wish" conta a história do Rei Magnifico, que do seu reino insular realiza um desejo por mês.
Em quarto lugar nas bilheteiras, duas posições abaixo do fim de semana passado, ficou a comédia musical de animação “Trolls 3: Todos Juntos”, liderado pelas vozes de Anna Kendrick e Justin Timberlake, com 25,3 milhões dedólares em bilhetes para cinco dias e 17,6 milhões para três.
E em quinto lugar ficou o filme de terror "Thanksgiving", com 11 milhões pelos cinco dias e 7,2 milhões por três.
O filme passa-se numa pequena cidade do nordeste dos EUA, aterrorizada por um assassino com um machado no período do Dia de Ação de Graças, o famoso feriado americano de novembro. Está a dar ao realizador Eli Roth as melhores críticas da sua carreira e tem como protagonistas Patrick Dempsey e Addison Rae.
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