Morreu esta quarta-feira Roberto Herlitzka, o ator fetiche do realizador Marco Bellocchio que também trabalhou com Paolo Sorrentino, Luigi Comencini e Nicole Garcia. Tinha 86 anos.
“Saudamos com muita emoção Roberto Herlitzka (1937-2024). Na Mostra vamos recordá-lo como um dos protagonistas de importantes obras de mestres como Marco Bellocchio e Citto Maselli [Francesco Maselli]”, escreveu a organização do Festival de Veneza nas redes sociais.
Um dos papéis que mais reconhecimento internacional trouxe ao ator foi o do antigo Primeiro-Ministro Aldo Moro em "Bom Dia, Noite" (2003), que lhe valeu a distinção como Melhor Ator Secundário nos prémios David di Donatello, os "Óscares italianos".
Foi um dos cinco filmes que fez às ordens de Marco Bellocchio, juntamente com "Il sogno della farfalla" (1994), "Bella addormentata" (2012), "Sangue del mio sangue" (2015) e "Sonhos Cor-de-Rosa" (2016).
“Era um príncipe do teatro e do cinema, um gigante, tinha uma estima enorme por ele”, reagiu o realizador à agência de notícias Ansa.
Herlitzka trabalhou também com Paolo Sorrentino no vencedor do Óscar em "A Grande Beleza" (2013) e "Silvio e os Outros" (2018), e "Leonora addio" (2002), o seu último filme e também do realizador Paolo Taviani.
Na França, o ator ficou conhecido principalmente por "Le fils préféré" (1994), de Nicole Garcia, ou “É Mais Fácil Um Camelo...” (2003), de Valeria Bruni Tedeschi.
Outros títulos de destaque na sua relativamente tardia carreira no cinema foram "Filme de Amor e Anarquia" (1973) e "Pasqualino das Sete Beldades" (1975), ambos de Lina Wertmüller, "Olhos Negros" (1987), de Nikita Mikhalkov, "Gli occhiali d'oro" (1987), de Giuliano Montaldo, "Marcellino" (1991), de Luigi Comencini, "Marianna Ucrìa" (1997), de Roberto Faenza, "Sette opere di misericordia" (2011), de Gianluca De Serio e Massimiliano De Serio, "Il rosso e il blu" (2012), de Giuseppe Piccioni, e "Noites Mágicas" (2018), de Paolo Virzì.
Destacam-se mais recentemente a participação nas minisséries "O Nome da Rosa " e "Il processo".
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