
O ator indiano Manoj Kumar, conhecido pelos seus papéis em filmes em hindi com temas patrióticos, morreu na sexta-feira aos 87 anos.
A morte do homem apelidado de "Bharat" Kumar — uma referência à antiga palavra sânscrita para a Índia impregnada de simbolismo religioso hindu — gerou homenagens de todo o país.
Kumar, que também era membro do Partido do Povo Indiano (BJP) do governo hindu-nacionalista do primeiro-ministro Narendra Modi, morreu em Bombaim devido a complicações cardíacas.
Modi liderou as condolências, chamando a Kumar de "ícone" do cinema indiano, dizendo que as suas obras "acenderam um espírito de orgulho nacional e continuarão a inspirar gerações".
Ao longo da sua carreira, Kumar era conhecido por representar — e às vezes dirigir — filmes que tinham foco na unidade e no orgulho nacional.
Mas ele também se distinguiu durante o estado de emergência imposto pela primeira-ministra Indira Gandhi no país na década de 1970, em que a dissidência era sufocada.
Alegadamente pelo seu tom crítico, filmes como "Shor" (1972) e "Dus Numbri" (1976, "Amor e Justiça" em Portugal) foram alvo de proibições e censura, mas o ator entrou em confronto e levou a tribunal o Ministério da Informação e Radiodifusão, supervisionado diretamente pela própria Gandhi, afirmando o seu direito à liberdade de expressão e obteve uma vitória histórica, estabelecendo um precedente para os direitos dos artistas na Índia.

Nascido Harikrishan Goswami, ele mudou de nome tal como é tradição no cinema de Bollywood, passando a ser Manoj Kumar.
Recebeu vários prémios nacionais, incluindo o prémio Dadasaheb Phalke, a maior honra da Índia para o cinema.
Kumar fez a sua estreia no cinema indiano no final dos anos 1950.
Foi o protagonista de vários filmes, muitos com temas patrióticos, incluindo "Upkar" (1967), "Purab Aur Pachhim" (1970, "E o Amor Triunfou" em Portugal) e "Kranti" (1981, "A Chama da Liberdade").
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