Abe Vigoda, a estrela de expressão triste no clássico filme de Francis Ford Coppola "O Padrinho", faleceu na terça-feira, aos 94 anos, na casa da sua filha em New Jersey.
"Ela foi buscar alguma coisa para beber e, quando voltou, ele já tinha partido", disse o agente Sid Craig, que representou Abe por décadas.
Aparentemente, Vigoda morreu de causas naturais.
"Ele não parecia estar particularmente doente, ou cansado. Penso que nunca ficou doente durante a sua vida", acrescentou Craig.
Vigoda nasceu na cidade de Nova Iorque a 24 de fevereiro de 1921, filho de imigrantes judeus russos, e foi casado duas vezes.
O ator iniciou a sua carreira na Broadway, mas tornou-se conhecido graças ao grande ecrã, quando interpretou o mafioso Sal Tessio, no memorável "O Padrinho" (1972), que retomou na cena de flashback no final de "O Padrinho - Parte II" (1974).
"6 Mulheres para um Detective" (1978), "A Corrida Mais Louca do Mundo II" (1984), "Olha Quem Fala" (1989) e "Joe Contra o Vulcão" (1990) foram outros filmes na sua carreira, mas o papel que o tornou famoso foi o de detetive Phil Fish na série de televisão "Barney Miller": a sua personagem foi tão popular que teve a sua própria série, "Fish".
Vale a pena salientar que a notícia da sua morte mereceu ampla cobertura na comunicação social dos EUA que ultrapassa em muito o impacto da sua carreira.
Isso aconteceu porque Abe Vigoda também era célebre por outro motivo: em 1982, a revista People anunciou a sua morte quando, na verdade, se estava a referir ao final da série "Barney Miller", e reagindo de forma bem humorada, o ator fez-se fotografar dentro de um caixão a ler a revista para um anúncio de página inteira que mandou publicar na revista Variety.
A partir daí, o tema passou a ser uma piada na imprensa e junto do grande público, acabando por lhe dar um lugar especial na cultura popular nos EUA até ao fim da vida.
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