Numa resposta enviada à agência Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) explica que recebeu «uma denúncia anónima, posteriormente remetida ao DIAP do Porto com instrução para que se registasse a mesma e se autuasse como inquérito para que desse início a investigação».
Em causa está a cooperativa Cinema Novo, dirigida por Mário Dorminski e Beatriz Pacheco Pereira, que organiza o festival Fantasporto, e que é acusada de várias ilegalidades, nomeadamente fuga ao IVA e falsificação de número de espetadores.
No início de setembro, a revista Visão revelou que o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) tinha recebido uma denúncia dando conta de eventuais ilegalidades na organização do festival de cinema. A denúncia foi remetida pelo ICA para a Inspeção-Geral das Atividades Culturais e para a Autoridade Tributária.
Contactado hoje pela agência Lusa, Mário Dorminski disse não ter sido notificado por nenhum dos três organismos que deverão investigar a cooperativa. «Não recebemos nada de ninguém, mas não temos nada a esconder sobre o que vem escrito na comunicação social, ou melhor, na revista Visão», afirmou o diretor do festival, acrescentando que remeteu para os advogados «os processos para tratar desta situação», nomeadamente um contra o jornalista da publicação que escreveu sobre o assunto.
Mário Dorminski garantiu que «há condições para realizar» a próxima edição do Fantasporto, em fevereiro de 2014, e que «as coisas serão ultrapassadas».
De acordo com a edição da revista Visão de 12 de setembro, há suspeitas de «fuga ao fisco, contabilidade paralela, dupla faturação, falsificação do número de espetadores do Fantas [Fantasporto] e de documentos, apropriação dos bens da cooperativa para fins pessoais».
De acordo com a organização a última edição do festival contou com mais de 36 mil espetadores.
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