Quase ao cair do pano do Festival de Cannes surgiu mais um fortíssimo candidato à Palma de Ouro?
A avaliar pelo 'aplaudometro', o 'medidor' informal das tradicionais ovações de pé do público, pode ser que sim: "L'amour ouf" recebeu 15 minutos na antestreia esta quinta-feira à noite, contabilizados pelo Deadline, uma reação que deixou em êxtase a sua equipa à saída da sala do Grand Théâtre Lumière.
Uma nova versão de "O Conde de Monte Cristo", exibida na quarta-feira à noite, terá chegado aos 12 minutos, e segundo o "Standing-O-Meter", a compilação mantida pela Vulture a partir da média dos minutos relatados pelos artigos publicados, os mais aplaudidos desde 14 de maio e até terça-feira, dia 21, eram "The Substance", um filme de terror feminista da realizadora francesa Coralie Fargeat com Demi Moore (11 minutos), e "Emilia Pérez", um musical delirante de Jacques Audiard com Zoe Saldaña, Selena Gomez e Karla Sofía Gascón (10 minutos).
Com estreia francesa anunciada para 16 de outubro, "L'amour ouf" é um filme do ator e realizador francês Gilles Lellouche sobre uma história de amor entre duas pessoas destinadas a ficarem juntas apesar das adversidades.
Lellouche, autor do grande sucesso "Ou Nadas ou Afundas" (2018), conta a relação entre Jackie, uma jovem estudante ajuizada, e Clotaire, um marginal que comete pequenos delitos. As suas vidas cruzam-se na adolescência e embora as circunstâncias os separem ao longo dos anos, o seu romance permanece vivo.
“Queria fazer um filme um pouco despojado de cinismo”, explicou o cineasta à France-Presse.
É como “um impulso poético e amoroso... a hora de encontrar novamente a inocência”, destacou.
O filme, adaptado de um romance do irlandês Neville Thompson, tem como protagonistas François Civil ("Os Três Mosqueteiros") e Adèle Exarchopoulos ("A Vida de Adèle") e inclui ainda outros nomes consagrados do cinema francês, como Alain Chabat, Vincent Lacoste, Elodie Bouchez, Benoît Poelvoorde, Elodie Bouchez e Raphaël Quenard, com Malik Frikah e Mallory Wanecque nas versões jovens das personagens de Civil e Exarchopoulos.
Lellouche transfere a história de Dublin para uma cidade costeira não especifica na França, num argumento escrito com Ahmed Hamidi, o seu colaborador "Ou Nadas ou Afundas", e Audrey Diwan, realizadora que ganhou o Leão de Ouro de Veneza com "O Acontecimento".
Embora o realizador insista que não é um musical, inclui várias cenas de dança notáveis.
Lellouche, que descobriu o livro graças a Poelvoorde há 17 anos, disse que se sentia 'muito stressado” por estar na disputa pela Palma de Ouro.
“Nunca competi na minha vida, é meu segundo filme a solo. Estou louco de alegria, mas com medo", dizia.
No sábado será conhecido o palmarés da 77.ª edição do Festival de Cannes do júri presidido por Greta Gerwig, a realizadora de "Barbie".
Comentários