Vários sucessos de bilheteira americanos foram mal recebidos no Médio Oriente nos últimos meses, devido à crescente visibilidade que Hollywood dá às pessoas homossexuais ou transgénero.
"A difusão dos filmes 'Barbie' e 'Fala Comigo' foi proibida", anunciou o presidente do Comité de Censura Cinematográfica, Lafi Subaiei, citado pela agência oficial de notícias Kuna.
Este órgão, subordinado ao Ministério dos Meios de Comunicação, pretende “proibir tudo o que atente contra a moral pública, a ordem pública e as tradições, pela introdução de ideias estrangeiras na sociedade”, acrescentou.
Antes de tomarem a decisão, as autoridades solicitaram a "supressão de algumas cenas obscenas que promoviam comportamentos inaceitáveis", disse Subaiei, sem especificar a que momentos do filme se referia.
O ministro libanês da Cultura, Mohammad Mourtada, também anunciou, esta quarta-feira, que pediu a proibição do filme "Barbie" devido a uma alegada promoção da homossexualidade.
A principal distribuidora de filmes do Kuwait anunciou na segunda-feira a proibição, por parte das autoridades, de "Fala Comigo".
O filme de terror australiano, que chega às salas de cinema portuguesas a 24 de agosto, é protagonizado por Zoé Terakes, uma pessoa transgénero não binária, mas não contém nenhuma referência ao movimento LGBTQIA+.
Nas suas redes sociais, Terakes chamou a decisão de "desumana", "dirigida a uma comunidade específica".
"Barbie" e "Fala Comigo" estão em cartaz noutras partes do Golfo, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, embora estes dois países também tenham proibido filmes com referências a pessoas LGBTQIA+.
"Barbie" não foi exibido no Qatar, mas também não foi divulgada nenhuma declaração oficial sobre o tema.
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