Keira Knightley tinha 17 anos durante a rodagem e 18 quando chegou aos cinemas "Piratas das Caraíbas: A Maldição do Pérola Negra".
O papel de Elizabeth Swann, a bela filha do governador e apaixonada de Will Turner (Orlando Bloom) disparou a sua carreira para o estrelato, mas teve um impacto mais sombrio: sentir-se "presa" em papéis sexualizados.
"Tive uma entrada e tanto na vida adulta, uma aterragem extrema por causa da experiência da fama numa idade muito precoce. Existe um lugar engraçado onde é suposto sentarem-se as mulheres, publicamente, e nunca me senti confortável com isso. Foi um grande choque", revelou numa entrevista à Harper's Bazaar.
"Ela [Elizabeth Swann] era o objeto de desejo de todos. Não que ela não tenha muita força nela. Mas foi interessante passar de ser realmente uma maria-rapaz [como jogadora de futebol em "Joga como Beckham"] para ser projetada como exatamente o oposto. , recordou.
Embora tenha regressado para os capítulos seguintes da saga, uma tentativa de se afastar disso o mais possível foi como a atriz explicou os papéis que se seguiram em filmes como "Orgulho e Preconceito" (2005), "Colete de Forças" (2005) e "Expiação" (2008), embora na altura nem o soubesse articular: "“Só sentia que estava presa numa coisa que não compreendia”.
Keira Knightley recorda essa fase: "Fui incrivelmente dura comigo mesma. Nunca era boa o suficiente. Era totalmente obstinada. Era tão ambiciosa. Tão motivada. Estava sempre a tentar ser melhor e melhor e melhorar, o que é uma maneira cansativa de viver a nossa vida. Tenho admiração pelo que era aos 22 anos porque gostaria de ter uma bocado mais dela de volta. E é apenas por já não ser assim que percebo como foi extraordinário.
Mas agora, aos 38 anos, acrescenta que isso teve um custo para a sua saúde: "esgotamento".
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