Javier Bardem voltou a defender publicamente Woody Allen, comparando as alegações de violação que não foram provadas a "mexericos".
Durante uma 'masterclass' no Festival Lumière em outubro de 2018, o ator espanhol já tinha dito que não se arrependia de ter trabalhou com o realizador na comédia "Vicky Cristina Barcelona" (2008) e iria a correr se surgisse nova oportunidade.
Em 1992, o Woody Allen foi acusado de ter abusado sexualmente da sua filha adotiva Dylan Farrow e apesar dos processos terem sido arquivados após duas investigações em separado, a sua imagem deteriorou-se, principalmente nos EUA, quando esta renovou as acusações no início de 2018, após o movimento #MeToo.
"Apontar o dedo a alguém é muito perigoso se não tiver sido legalmente provado. Para lá disso são apenas mexericos", disse Bardem durante uma entrevista recente ao jornal britânico The Guardian.
O ator não falou sobre o tema com Rebecca Hall, com quem trabalhou em "Vicky Cristina Barcelona" e que está entre os que se demarcaram e mostraram arrependidos por terem trabalhado com Woody Allen (uma lista que inclui Mira Sorvino, Kate Winslet, Colin Firth, Greta Gerwig, Elliot Page e Timothée Chalamet).
"Não, não vejo Rebecca há muitos, muitos anos. Para falar a verdade, não sigo nada disso, o que as pessoas falam. Tento ir por onde dita a lógica, que é: vamos seguir as regras que existem para estabelecer se alguém é culpado ou inocente", esclareceu.
"Se o caso for reaberto e provar-se que ele é culpado, serei o primeiro a dizer: ‘Que coisa horrível’. Mas até agora, não vi isso", concluiu sobre o tema.
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