Nicolas é um artista, um cineasta, que só deseja expressar-se e a quem todos desejam reduzir ao silêncio. Quando inicia a sua carreira na Geórgia, os «ideólogos» esperam amordaçá-lo, preocupados com o facto de a sua obra não seguir as regras fixadas. Perante a determinação daqueles, Nicolas deixa a sua terra natal e viaja para França - a terra da liberdade e da democracia. Mas o "estado de graça’ não vai durar muito.
«Chantrapas» é o mais recente filme de
Otar Iosseliani, que explicou assim o título da película: «Nos finais do século XIX, as famílias abastadas de São-Petersburgo levavam os seus filhos a frequentar aulas de canto com os mestres italianos de bel canto. Nessa época, a aristocracia russa falava francês, por isso os italianos aprendiam duas palavras enquanto seleccionavam as crianças: «Chantera» («Cantará») e «Chantera pas» («Não cantará»). Mais tarde, Chantrapas tornou-se uma palavra comum: os «chantrapas» eram aqueles que «não prestavam para nada», os excluídos. Um pouco como a minha personagem principal, que é censurada na União Soviética, e menos bem recebida do que estava à espera no Ocidente.
O filme é exibido hoje, 8 de Novembro, às 19h15, no Centro de Congressos, com a presença do realizador.
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