O Festival de Cinema de Marselha, que começa hoje em França, conta com várias estreias mundiais de cinema português, de Rita Azevedo Gomes, Leonor Noivo e João Miller Guerra.

Na competição internacional figuram “Fuck the Polis”, de Rita Azevedo Gomes, e o documentário “Bulakna”, de Leonor Noivo, numa coprodução com França.

“Fuck the Polis” tem argumento de Rita Azevedo Gomes e Regina Guimarães e produção da própria realizadora.

“Há vinte anos, Irma, acreditando que estava condenada, fez uma viagem à Grécia. Hoje, volta a fazê-lo, acompanhada por três jovens. De ilha em ilha, entre o mar e o céu, leem, ouvem e vivem, movidos pelo gosto da beleza e da clareza”, refere a sinopse.

“Bulakna” é uma primeira longa-metragem da realizadora Leonor Noivo e “acompanha mulheres filipinas que hoje enfrentam uma nova forma de colonização: a migração forçada pelo trabalho”, refere a produtora Terratreme Filmes.

Na secção “Autres Joyaux” (“Outras jóias” em tradução livre) figura o documentário “Complô”, de João Miller Guerra, sobre o rapper e ativista português de origem cabo-verdiana Ghoya (Bruno Furtado), que “viu negado à nascença o direito de ser e se sentir português”, sublinha a produtora Uma Pedra no Sapato em nota de imprensa.

A programação conta ainda com coproduções portuguesas em “All Roads Lead to You” (Ucrânia), da artista Jenya Milyukos, e “Morte e Vida Madalena” (Brasil), de Guto Parente.

Pela primeira vez, o festival de Marselha terá uma colaboração com o festival de Teatro de Avignon, onde o cineasta português Pedro Costa apresentará o filme “Juventude em Marcha”, no museu Collection Lambert.

O 36.º Festival Internacional de Cinema de Marselha abre hoje com o filme “Kontinental”, do romeno Radu Jude, e termina no dia 13.