
O livro intitulado “Espírito de Aventura: Uma História do FMM Sines” conta “um pouco daquilo que foi a história das 25 edições do festival e era algo que há muito tempo procurávamos concretizar, tal como o vinil” que estará à venda durante o FMM, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Sines, no distrito de Setúbal, Nuno Mascarenhas.
“É um documento que vai ficar para a posteridade e onde está explanado o trabalho de muitas pessoas, muitos funcionários da autarquia” e “de forma que o festival tenha continuidade”, acrescentou.
Segundo o município, o livro é “uma história-manifesto onde se destrinçam alguns dos principais fios condutores da sua programação ao longo dos anos, das tensões entre tradição e modernidade à importância da representação e da livre circulação artística”.
No livro, editado pelo município, com mais de 200 páginas, “está contido o património de 773 concertos, com músicos de mais de 100 países e regiões, realizados desde a fundação do festival até à edição de 2024”.
Além dos “cerca de mil exemplares” do livro, outra das novidades deste ano é o disco em vinil alusivo às 25 edições do festival, que serão colocados à venda nas lojas FMM.
Segundo Nuno Mascarenhas, este ano, a autarquia, entidade promotora do festival, pretende melhorar as condições das zonas de acampamento “com sombreamentos nesses espaços” e dará maior atenção às “questões de sustentabilidade”, com “menos desperdício de água nos acampamentos” e “a introdução do copo reutilizável”.
“Também pretendemos fazer uma primeira experiência com a utilização de geradores com combustíveis ecológicos, num trabalho conjunto com os comerciantes para que o festival seja cada vez mais amigo do ambiente”, acrescentou.
Já em termos de programação, o autarca garantiu que o festival “continua a ser único e com um trabalho genuíno que visa sobretudo atrair a Sines cada vez mais visitantes”.
“A dimensão, sabemos que nem sempre é possível [ultrapassar], devido às limitações no interior do Castelo, apesar de, no ano passado, ter esgotado duas noites”, sublinhou.
Apesar do sucesso do festival, cujo orçamento “ronda 1,5 milhões de euros”, o autarca socialista, que está a cumprir o seu último ano de mandato e não se volta a recandidatar devido à lei de limitação de mandatos, disse recear pela sua sustentabilidade financeira.
“A minha preocupação é que o festival tenha continuidade, quando falamos da sustentabilidade financeira temos de ter em conta que o festival tem tido um crescimento dos seus custos para contratar o som, a luz, os palcos, que tem sido acompanhado pelo aumento das receitas, mas as receitas têm um limite”, sustentou.
E por isso, apelou “a um esforço para que as empresas que estão no Complexo Industrial e Portuário [de Sines] possam dar um maior apoio financeiro a este festival” de forma a que “continue a ter sustentabilidade financeira”.
O programa musical da edição deste ano do FMM conta com um total de 49 concertos de artistas de quatro continentes.
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