A 24 de março de 2002, Halle Berry fez história quando se tornou a primeira afro-americana a ganhar o Óscar de Melhor Atriz pelo filme "Monster's Ball - Depois do Ódio".
Marcado pela emoção, o seu discurso continua a ser considerado um dos mais memoráveis na história dos prémios: "Este momento é muito maior do que eu. Este momento é para Dorothy Dandridge, Lena Horne, Diahann Carroll. É para as mulheres que estão ao meu lado: Jada Pinkett, Angela Bassett, Vivica Fox. E é para cada mulher de cor sem cara, sem nome, que agora têm uma oportunidade porque esta porta foi aberta esta noite".
Em 2022, a atriz lamentaria ao jornal The New York Times: "Não abriu a porta [...]. O facto de que não está ninguém ao pé de mim é devastador".
Mas a atriz foi de uma sinceridade ainda desarmante quando, a propósito do novo filme "Amarrados", lhe falaram da variedade de papéis em todo o género de filmes na carreira.
"Bem, aqui está a verdade. Enquanto mulher negra, nunca tive o luxo de apenas fazer interpretações e filmes dignos dos Óscares. Nem sei o que é isso. Às vezes, as minhas opções são tão limitadas, a verdade é essa", disse numa nova entrevista à revista The Hollywood Reporter.
E acrescentou: "Ganhei aquele Óscar há 23 anos e era sobre o trabalho. Era sobre amar o ofício. Era sobre crescer e assumir riscos e oportunidades. Portanto, não tenho o luxo de apenas esperar e lançar filmes com expectativas para os Óscares. A minha realidade não era essa e ainda não é".
Sobre os filmes que os fãs mais lhe falam, Berry destacou "'Operação Swordfish' [2001], 'Monster’s Ball' [2002] e, acreditem ou não, 'Catwoman' [2004] e B*A*P*S [1997]".
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