Filmado na totalidade em Portugal, "O divã de Estaline" estreou mundialmente hoje no cinema Monumental, em Lisboa, no âmbito do Lisbon & Estoril Film Festival, que hoje cumpre também o seu último dia.
Fanny Ardant e o protagonista do filme, o ator Gérard Depardieu, apresentaram a obra antes da sua exibição, numa conversa que arrancou vários risos do público, logo de início quando o ator recordou Obélix por ter dificuldades em sentar-se na cadeira que tinha disponível devido ao seu tamanho.
A realizadora começou por dizer que tinha estado à procura de "um filme para Depardieu, com uma personagem enorme".
O ator recordou a figura de Estaline pela sua "ideologia e monstruosidade", um "monstruoso humano" e uma figura "muito interessante".
"É muito importante a apresentação ser aqui hoje porque os portugueses são um povo muito verdadeiro, é gente verdadeira, e não estamos perante os críticos do cinema", afirmou.
Também Gérard Depardieu agradeceu as poucas horas encontradas na agenda para estar presente em Lisboa.
Do elenco do filme fazem ainda parte Emanuelle Seigner, Joana de Verona e Paul Hamy.
A longa-metragem é uma adaptação do romance escrito em 2013 pelo francês Daniel Baltassat - "Le divan de Staline" - e a ação gira em torno de uma residência secreta onde Estaline repousa por uns dias e onde um jovem pintor, Danilov, lhe vai apresentar um projeto artístico para um monumento póstumo à memória do ditador.
Lidia, amante de Estaline, foi quem escolheu Danilov e o trabalho deste, preterindo outros artistas e quem o apresentou ao ditador. Uma escolha que acaba por pôr também a vida de Lidia em jogo, transformando-a num jogo de enganos, mentira e terror.
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