Lançado em 1991, "Exterminador Implacável 2 - O Dia do Julgamento" é considerado um dos melhores filmes de ação e ficção científica da história do cinema, além de uma das melhores sequelas.
No entanto, Arnold Schwarzenegger começou por não reagir bem à ideia do realizador James Cameron de transformar o ciborgue T-800 de vilão brutal do filme de 1984 para o herói da sequela.
"A razão para se ter tornado um grande sucesso foi, número um, o Jim Cameron. Jim Cameron é um escritor genial. Ele teve esta ideia brilhante, embora eu tivesse ficado de pé atrás no início. Ele disse, 'Quero fazer com que sejas um Exterminador bom'", admitiu o ator durante um debate que antecedeu a exibição do filme no Museu da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em Los Angeles.
Em grande rivalidade com Sylvester "Rambo" Stallone entre os anos 1980 e início dos 1990, Schwarzenegger acrescentou que tentou convencer o realizador a aumentar o "score" de mortalidade do Exterminador na sequela.
"Disse-lhe 'O que queres dizer com um exterminador bom?' Andei a matar 68 pessoas no primeiro. No segundo tenho de matar 150. Subimos! Cortar-lhes as gargantas, disparar contra elas com um canhão e atropelá-las com um carro. Tinha de superar o Stallone. Disse que toda a minha missão era ser o número um a matar muitas pessoas no ecrã", contou.
Mas Cameron não só não deixou a rivalidade entre as duas estrelas de ação afetar o seu filme, como esta reação o levou a tirar ainda mais violência ao T-800 no seu argumento.
"Ele disse, 'Arnold, para com isso. És um tipo muito doentio. Vou certificar-me que não matas nem uma única pessoa em ‘Exterminador Implacável 2’”, recordou Schwarzenegger.
A reação foi de incredulidade: "Disse que essa era a coisa mais estúpida que já ouvi. Como é que isto pode ser 'Exterminador Implacável 2' sem eu matar ninguém? Pelo menos, atira para lá alguns corpos simbólicos".
Quem tenha visto o segundo filme, recordar-se-á que o T-800 era obrigado a obedecer às ordens de John (Edward Furlong), o filho de Sarah Connor (Linda Hamilton), incluindo a de não matar ninguém: o mais extremo foi disparar contra as pernas dos polícias que os perseguiam.
No balanço final, a transformação da natureza do Exterminador revelou-se icónica tanto na saga como na carreira da mais famosa estrela de cinema vinda da Áustria.
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