Entre 1962 e 1964, um serial killer matou várias mulheres em Boston, nos Estados Unidos, deixando a população local aterrorizada. O caso ganhou mediatismo graças a uma reportagem de Loretta McLaughlin para o jornal Boston Record American.
Toda a história é agora contada em "Estrangulador de Boston", filme protagonizado por Keira Knightley que já pode ser visto no Disney+. Carrie Coon, Alessandro Nivola e Chris Cooper também fazem parte do elenco.
O novo filme parte de um ponto de vista diferente da longa-metragem de 1968, protagonizada por Henry Fonda, Tony Curtis e George Kennedy, ao colocar no centro da narrativa as duas jornalistas. "Um thriller verídico sobre as jornalistas pioneiras que divulgaram a notícia dos infames homicídios do Estrangulador de Boston: Loretta McLaughlin, jornalista do Record American, e Jean Cole, sua colega e confidente. Enquanto o assassino faz mais vítimas, o duo prossegue com a investigação, pondo a vida em perigo na sua demanda pela verdade", resume o serviço de streaming.
Em conferência de imprensa, Matt Ruskin, argumentista e realizador, começa por lembrar que cresceu em Boston, mas que "não sabia nada sobre o caso". "Mas quando descobri as repórteres, a Loretta McLaughlin e a Jean Cole, descobri que elas foram das primeiras repórteres a criar ligações entre os assassinatos", conta.
Veja o trailer:
"Já tinha ouvido falar do Estrangulador de Boston, mas não sabia nada", conta Keira Knightley, atriz que veste a pele de Loretta McLaughlin. "Achei que era uma forma muito interessante de contar a história de um serial killer, mas pelo ponto de vista destas jornalistas. Além disso, o facto da maioria das pessoas não saberem que foram duas mulheres a revelar a história... elas foram praticamente apagadas da história deste caso", frisa a protagonista em conversa com os jornalistas.
Já Carrie Coon, que dá vida a Jean Cole, confessa que ficou "chocada" com o facto da dupla de jornalistas não ser mencionada no caso. "Para mim, a luta da Jean para se tornar jornalista foi muito comovente", confessa a atriz, defendendo que há "uma história construída sobre esta aliança feminina.
"Para mim, este filme é uma canção de amor para as mulheres que fazem jornalismo de investigação", acrescenta Keira Knightley. "O filme destaca como é importante ter mulheres em cargos de poder. Foram duas mulheres que disseram: 'esta história é importante. São informações que precisam de ser partilhadas com o público para manter as mulheres de Boston seguras'", sublinha.
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