A Disney respeitou estritamente a argumento ao revelar imagens dos seus novos filmes, incluindo o quinto "Indiana Jones" e "A Pequena Sereia", na conferência CinemaCon esta quarta-feira.
Dirigindo-se aos proprietários de cinemas no encontro anual da indústria em Las Vegas, os executivos da empresa não fizeram qualquer referência ao processo movido anteriormente pelo estúdio de Hollywood contra o governador da Flórida, Ron DeSantis, nem aos milhares de despedimentos em andamento.
Em vez disso, Tony Chambers, chefe de distribuição teatral, ofereceu um "tour" pelas novas obras, observando que este será o primeiro ano desde antes da pandemia que todas as divisões da Disney - da Lucasfilm à Marvel - têm filmes para apresentar.
Por videochamada, Harrison Ford disse que "interpretar Indiana Jones todos estes anos tem sido tudo para mim".
"Esses filmes são cheios de aventura, emoção e - por algum motivo - cobras. Por que sempre tem que haver cobras?", brincou o ator, referindo-se à fobia do famoso arqueólogo que interpreta.
Ford, de 80 anos, e Phoebe Waller-Bridge, no papel da sua afilhada Helena, são os protagonistas de "Indiana Jones e o Marcador do Destino", quinto filme da franquia, que estreia no festival de Cannes no mês que vem e nos cinemas a 30 de junho.
Nos trechos apresentados na CinemaCon, os atores são vistos a perseguir o vilão do filme, interpretado por Mads Mikkelsen, numa mototáxi pelas ruas de Tânger, em Marrocos.
O filme, anunciado como o último da franquia, é dirigido por James Mangold, conhecido por "Ford vs. Ferrari", que concorreu aos Óscares.
A CinemaCon oferece aos estúdios a oportunidade de deslumbrar os proprietários dos cinemas com os seus próximos filmes e estrelas, mas a apresentação minimalista da Disney contou com apenas uma atriz: Melissa McCarthy apresentou uma antecipação de "A Pequena Sereia", o mais recente 'remake' da Disney, que será lançado a 26 de maio, no qual interpreta Úrsula.
Chamando a bruxa do mar de "um dos vilões mais deliciosos e icónicos da Disney", McCarthy revelou imagens do número musical "Pobre Corações Infelizes", no qual Ursula manipula Ariel para que viva como humana durante três dias.
"Ela é tímida, é conspiradora. Talvez seja por isso que me identifico com ela, não sei", brincou a atriz.
Muito oportuno
A Disney também anunciou a mudança de nome para "The Creator" ("O Criador"), um 'thriller' de ficção científica ambientado num futuro pós-apocalíptico no qual os humanos lutam contra a inteligência artificial, com estreia prevista para setembro.
Outros filmes apresentados foram a animação "Elemental", da Pixar, a última aventura do detetive Hercule Poirot "A Haunting in Venice", e a adaptação de "Haunted Mansion", protagonizada por Owen Wilson.
Em relação aos super-heróis da Marvel, "Guardiões da Galáxia Vol.3" estreia em maio e "As Marvels" em novembro.
E no fim do mês, "Wish" marcará os 100 anos da Disney com "uma aventura musical animada original inspirada nos clássicos". Ariana DeBose interpreta o papel de uma jovem mulher num reino mágico "perto da Península Ibérica", onde "desejos se tornam realidade".
A apresentação ocorre no momento em que a Disney despediu milhares de trabalhadores, como parte de um plano que busca cortar 7 mil empregos na tentativa de lidar com a queda nas subscrições de streaming.
O estúdio também processou o governador da Flórida, Ron DeSantis, por retomar o controlo de uma área onde a Disney atuava como governo local, uma operação que chamou de "vingança" política.
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