“Por lá encontraremos nomes mais óbvios (Marguerite Duras e Pier Paolo Pasolini, referindo apenas autores mais populares e com obra cinematográfica bastante sólida), mas também uma curiosidade imperdível: 'Maximum Overdrive', a única longa-metragem realizada por Stephen King, um dos escritores mais adaptados ao cinema”, destaca a Cinemateca, em comunicado.
Numa iniciativa conjunta da Cinemateca com a Associação Portuguesa de Escritores (APE), este ciclo “Escritores/Realizadores”, dedicado a alguns dos autores que se aventuraram pelos caminhos da Sétima Arte, arranca no dia 8 de maio com “Nathalie Granger”, realizado por Marguerite Duras.
A abertura deste ciclo será assinalada por um jantar-tertúlia subordinado ao tema “A gastronomia na literatura e no cinema”, indica a APE também em comunicado.
Nos três dias seguintes serão exibidos os filmes “Trans-Europ-Express”, de Alain Robbe-Grillet, “Smoke”, de Paul Auster, e “Les Années Super 8”, de Annie Ernaux e David Ernaux-Briot.
No dia 15, a Cinemateca projeta “Accattone”, de Pasolini, a que se seguirá um momento de leitura de poesia, com improvisos musicais de Miguel Graça Moura, e no dia 17, passa então o filme realizado por Stephen King.
Em 19 e 20 de maio, as sessões são dedicadas a “Moolaadé”, de Ousmane Sembène, e a “Un chant d’amour”, de Jean Genet, seguido de “Viva la muerte”, de Fernando Arrabal, estes dois com uma segunda exibição prevista para o encerramento do ciclo, no dia 30.
Além da exibição dos filmes, haverá um conjunto de sessões com conversas sobre o trabalho destes escritores que também foram realizadores.
A APE reorda que o ciclo “Escritores-Realizadores” é o final de uma trilogia que teve dois momentos anteriores: em 2019, com “7 Livros, 7 Filmes”, preenchido com a adaptação de livros ao cinema, e o outro, em 2021, “Escrever-Filmar”, com películas cuja temática se centralizava na figura e no trabalho criativo do escritor.
Comentários