O início da temporada de verão de Hollywood está a ser uma desilusão nas bilheteiras, com a estreia de várias sequelas em que os espectadores não estão a mostrar grande interesse.
"MIB: Homens de Negro - Força Internacional" é o mais recente "blockbuster" a juntar-se a um triste balanço nos cinemas que inclui "A Vida Secreta dos Nossos Bichos 2", "X-Men: Fénix Negra" e "Godzilla II: Rei dos Monstros".
Chris Hemsworth e Tessa Thompson transferiram a química de "Thor: Ragnarok" para o mais recente capítulo da saga "MIB", mas o resultado ficou muito longe do que conseguem no Universo Cinematográfico Marvel: a estreia só conseguiu 28,5 milhões nos EUA e 102 milhões a nível mundial (26,3 milhões só da China).
Fazendo jus ao título, o filme teve um bom arranque internacional, mas a estreia nos EUA deve ter feito soar os alarmes na Sony: a previsão do estúdio apontava para os 30 milhões e as dos analistas para 35 a 40.
O balanço não augura grande futuro para esta nova equipa no cinema: apesar de ter conquistado o primeiro lugar, "Força Internacional" ficou muito abaixo das estreias de todos os três filmes com a dupla Will Smith e Tommy Lee Jones.
Estes arrancaram os fins de semana respetivamente com 51, 52,1 e 54,5 milhões em 1997, 2002 e 2012. Ajustando esses valores à inflação, o balanço é ainda mais negativo: 100,2, 80,8 e 60,5 milhões.
Sem ter a favor boas críticas, os analistas apontam agora para as receitas finais nos EUA do novo "MIB" a ficarem ao nível da estreia com inflação dos filmes anteriores.
Com um orçamento de 100 milhões de dólares, será mais uma desilusão comercial e outra mancha no currículo de Chris Hemsworth, que não consegue um sucesso de bilheteira quando não é Thor.
Este fim de semana também estreou nos EUA outra sequela que não convenceu: "Shaft", continuação do filme de 2000 também com Samuel L. Jackson e Richard Roundtree (o Shaft dos anos 1970), ficou apenas em sexto lugar, com 8,3 milhões de dólares, o que indica que não vai recuperar nos cinemas o custo de 30 a 35 milhões.
A consolação para o estúdio é que vendeu os direitos internacionais para a Netflix, reduzindo o prejuízo.
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