Catherine Zeta-Jones está a ter mais dificuldades para encontrar papéis interessantes no cinema e diz que "os grandes patrões em Hollywood sentem que os espectadores que vão ao cinema estão menos interessados" em filmes sobre mulheres com mais de 40.
Os comentários foram feitos durante um webchat no Mumsnet para promover "Dad's Army", uma comédia baseada numa das mais lendárias séries de televisão britânicas onde surge ao lado de Bill Nighy, Toby Jones, Tom Courtenay e Michael Gambon, e que é um dos poucos filmes que fez desde que ganhou o Óscar em 2002 com "Chicago".
Aos 46 anos, a atriz sente claramente que existe na indústria cinematográfica uma hostilidade para as mulheres quando envelhecem.
"Tenho estado neste negócio desde que os meus nove anos e tenho ouvido a mesma coisa ser dita ao longo de diferentes fases da minha carreira, Então, OLÁ, estou nos meus quarentas... e é verdade. Não é que não existam grandes histórias para serem contadas sobre mulheres nos seus quarentas, é só que os grandes patrões de Hollywood sentem que a demografia dos espectadores está menos interessada."
"Quis entrar em filmes porque cresci a ver grandes interpretações de mulheres nos seus quarentas, nos anos 1970, Anne Bancroft, filmes como "Alice Já Não Mora Aqui", papéis interessantes para mulheres, numa óptima idade.", acrescentou.
Zeta-Jones também abordou a discussão sobre diversidade a ocorrer em Hollywood desde que atores negros ficaram de fora das nomeações para os Óscares pelo segundo ano consecutivo, defendendo que quem toma decisões devem olhar para lá da presença da questão étnica.
"É um bom debate para se ter e necessário, mas quando dizemos diversidade, que esta signifique diversidade para os atores de diferentes etnias, diferentes idades e diferentes sexos... regressemos aos escritores, aos que fazem filmes e, mais importante, aos estúdios que os financiam, para que tenham projetos onde a diversidade tenha uma oportunidade."
Comentários