A antiga atriz francesa Brigitte Bardot, que milita há 40 anos pela defesa dos animais, publicará em 25 de janeiro um "livro testamento" que apresenta como "o balanço da sua existência, a sua luta pelos animais e a confissão profunda do [seu] desgosto", anunciou na terça-feira (26) à agência AFP.
"Será o balanço de minha existência. [...] Nunca escreverei outros livros. Será o balanço total da minha visão das coisas, da sociedade, da forma como fomos governados, da maneira como se tratam os animais no meu país", declarou.
A editora Plon apresenta a obra como "um testamento animal", "uma reflexão inédita, serena e rebelde ao mesmo tempo, sobre a sua existência e o sentido da sua luta".
O seu último livro, publicado em 2003, "Un Cri dans le Silence" [Um grito no silêncio], causou polémica pelas suas posições radicais, nomeadamente sobre o Islão.
A estrela do cinema, hoje com 83 anos, vive em Saint-Tropez, onde publica comunicados contra caçadores, jardins zoológicos, matadouros e circos.
Esta quarta-feira, Bardot publica no jornal Le Parisien uma carta aberta ao governo francês, a propósito do lançamento de uma campanha contra os artigos de pele promovida pela fundação que leva seu nome.
"Estamos mal com este governo. [O presidente Emmanuel] Macron não tem a menor compaixão pelos animais e a natureza: em Chambord, acaba de dar os parabéns aos caçadores pelas seus animais abatidos, ainda quentes! É escandaloso!", disse Bardot à AFP por telefone.
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