Para o comediante Bill Maher, as críticas sobre a falta de representatividade racial do musical "Ao Ritmo de Washington Heights" são um exemplo de extremismo liberal.
Lin-Manuel Miranda escreveu o musical à volta de várias personagens do bairro onde cresceu, na parte norte de Nova Iorque, quando ainda estava na universidade, e estreou na Broadway em 2008, antes do maior sucesso de “Hamilton”.
Promovido pelo estúdio Warner Bros. e elogiado por dar mais visibilidade à comunidade latina em Hollywood, o filme foi acusado de privilegiar pessoas latinas que passavam por brancas e com tom de pele mais clara, em detrimento das afro-latinos com pele escura.
Miranda, que produziu e teve um papel secundário na adaptação ao cinema, pediu desculpa por "ficar aquém" e prometeu "fazer melhor" em futuros projetos.
Mas Bill Maher disse no seu programa que Miranda devia "parar de pedir desculpa".
"És o tipo que tornou os Pais Fundadores [dos EUA] negros e hispânicos! Não acho que tenhas de pedir desculpa ao Twitter", disse o famoso comediante num espaço de comentário, referindo-se ao musical "Hamilton", disponível no Disney+.
Maher acrescentou que acha que o próprio Miranda não pensa que deveria pedir desculpa e apenas quis evitar as notícias negativas à volta do filme.
"É por isto que as pessoas odeiam os [liberais] Democratas; é constrangedor, um latino a fazer um filme latino com um elenco latino. Não é bom o suficiente. Nada é bom o suficiente para estas pessoas. São como crianças. Não educamos os nossos filhos como deve ser e isso reflete-se nos 'media'.", garantiu.
"As pessoas vão ter de fazer frente a esses 'bullies', porque é disso que se trata, 'bullying'. Trata-se de 'posso fazer-te rastejar como um cão e gosto disso'", concluiu.
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