A Assembleia Municipal de Lisboa manifestou hoje “profundo pesar” pela morte do cineasta António-Pedro Vasconcelos, lembrando-o como “um dos nomes incontornáveis do cinema português” e com “uma dedicação incansável à promoção da cultura e à expressão artística”.
Em reunião plenária, a assembleia aprovou, por unanimidade, cinco votos de pesar pelo falecimento de António-Pedro Vasconcelos, apresentados pelos grupos municipais de MPT, PEV, PS, PPM e CDS-PP, cumprindo um minuto de silêncio em sua memória.
Nascido em Leiria, em 10 de março de 1939, António-Pedro Vasconcelos morreu na quarta-feira, em Lisboa, aos 84 anos. Foi realizador, produtor, crítico e professor, tendo fundado o Centro Português de Cinema, como indica a biografia patente na Academia Portuguesa de Cinema, destacando-se como autor de filmes como “O Lugar do Morto” e “Os Imortais”.
Por proposta do MPT, os deputados decidiram manifestar “profundo pesar” pelo falecimento de António-Pedro Vasconcelos, recordando-o como “um homem de causas e um dos mais conhecidos e multifacetados cineastas portugueses”, bem como “um cineasta condenado a ser livre”, fazendo uso das palavras que dão título ao seu livro em diálogo com José Jorge Letria (editado pela Guerra & Paz em 2016).
O voto do PEV refere que António-Pedro Vasconcelos foi “um dos nomes incontornáveis do cinema português” e “era um acérrimo defensor de se conciliar uma dimensão de autor com a existência de cinema para o grande público e, enquanto tal, esteve na origem de alguns dos filmes de maior sucesso comercial em Portugal”.
O grupo municipal do PS realça que a morte do cineasta português representa “uma grande perda para a vida cultural e cívica do país, na qual esteve sempre presente, interveniente e ativo, na defesa dos seus ideais, lutando por um Portugal mais livre, solidário e culto”.
O PPM indica que, além do seu trabalho como um dos realizadores do Cinema Novo Português, António-Pedro de Vasconcelos foi argumentista, ator e produtor, “deixando uma vasta obra cinematográfica”.
O voto do CDS-PP afirma que a carreira de António-Pedro de Vasconcelos no cinema português foi marcada por “uma dedicação incansável à promoção da cultura e à expressão artística”, consolidando-se como “um dos realizadores mais respeitados e influentes do país e um dos principais nomes do cinema português das últimas décadas, sendo inclusive fundador do Centro Português de Cinema”.
Também por unanimidade, a assembleia aprovou votos de pesar de PEV e PSD pela morte de Alexandre Batista, antigo jogador do Sporting e da seleção portuguesa, que morreu em 03 de março, aos 83 anos. Foi um dos conhecidos “magriços”, nome pelo qual ficaram conhecidos os jogadores da seleção nacional portuguesa que alcançou um terceiro lugar no Mundial de 1966.
Os deputados viabilizaram ainda, unanimemente, votos de pesar pela morte do saxofonista e flautista Paulo Curado, do major António Lobato e da cidadã Sandra Alves de Campos, fundadora do grupo de moradores Vizinhos de São João - Penha de França.
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