"A data que está em cima da mesa - não necessariamente uma data, mas um período - será o final do primeiro trimestre de 2026. Essa é a informação que tenho", acrescentou Pedro Penim, que falava à Lusa à margem da apresentação da programação do TNDM para o ano de 2025.
Alegando que a reabertura do edifício no Rossio depende pouco de si, por apenas "receber informação" e "tentar depois transformá-la em ação”, Pedro Penim adiantou que, neste momento, as obras "estão já num ritmo e num estado bastante mais estável e mais avançado do que estiveram no passado".
"Por isso, acho que será de confiar que no fim do primeiro trimestre [de 2026], o D. Maria poderá reabrir portas", frisou.
O TNDM encontra-se em obras de requalificação desde o início de 2023, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Inicialmente, a reabertura foi projetada para 2024. Em novembro de 2023, porém, foi adiada pela primeira vez para o princípio de 2025.
Em julho último, um comunicado do conselho de administração do TNDM anunciou que, devido a atrasos na empreitada, a reabertura do teatro fora adiada por um ano, passando a estar prevista para o início de 2026.
"A complexidade de uma obra desta envergadura, num edifício histórico classificado como monumento nacional, acarreta o risco de ocorrência de imprevistos e trabalhos complementares, pelo que se estima agora a reabertura do Teatro ao público no início de 2026", lia-se numa nota enviada à Lusa, a 26 de julho último.
Oito meses antes, em novembro de 2023, em Faro, o administrador do teatro Rui Catarino anunciara aos jornalistas a extensão do prazo inicial de 12 meses de obras para 16, apontando a data previsível de outubro de 2024 para o seu termo, com possibilidade de reabertura ao público em janeiro de 2025, com o edifício "já totalmente remodelado e com a programação definida".
Localizado na Praça D. Pedro IV, o Rossio de Lisboa, o TNDM está a beneficiar de "uma profunda intervenção, que envolve a renovação e o restauro de várias áreas [...], incluindo espaços públicos, técnicos e de bastidores".
Desde o encerramento, o TNDM tem vindo a desenvolver o programa Odisseia Nacional em parceria com mais de 90 concelhos de todas as regiões de Portugal continental e ilhas.
Num relatório da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR publicado antes do novo adiamento da reabertura do D. Maria II, este organismo agravara para "preocupante” a execução do plano na área do Património Cultural. Nesta área havia sublinhados a vermelho na “apreciação preocupante”, com admissão de possível prorrogação de prazos, como aconteceu com o D. Maria.
O investimento na área do Património Cultural, que dispõe de um valor global de 214,1 milhões de euros a executar até 2026, prevê intervenções em 73 museus, monumentos e palácios, no valor de 165,8 milhões de euros, em dois teatros nacionais - S. Carlos e D. Maria - e no Teatro Camões, num total de 48,3 milhões, perfazendo 214,1 milhões de euros para 76 intervenções.
O Teatro Nacional de São Carlos encerrou para obras no final de julho último, e o Teatro Camões reabriu a 17 de outubro, depois de oito meses em obras, sendo o primeiro projeto da Cultura concluído no âmbito do PRR.
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