
O espetáculo inaugura com o instrumental de “Dia de Comemorar”, ainda antes da entrada de Seu Jorge em palco. No alinhamento seguem-se temas como “Mina do Condomínio”, “Te queria” e “Sim mais”. Já a noite está lançada e Seu Jorge ovaciona o Porto e agradece pela presença, rematando com uma «enorme felicidade por estar aqui. Fazia tempo. Que a gente esteja sempre junto».
E juntos continuamos, ao som de “Sábado à Noite”, “Batuque”, “Gente Boa se Atrai” e “Carolina”. O espetáculo segue a um ritmo alucinante e envolvente, onde o samba, a MPB, o soul, o funk e o R&B se mesclam, para dar lugar a uma identidade sonora inconfundível que leva o público a acompanhar sequiosamente os temas, com braços no ar e um gingar de ancas.
A plateia conhece as letras das canções e não se coíbe de acompanhar o artista, em temas como “Shock” e “Quem não quer sou eu”, com o mesmo ânimo e a mesma leveza, ao longo de todo o espetáculo. A voz, profunda e única, de Seu Jorge é parte de uma equação maior, onde a celebração, a magia e o inebriamento “cantam” mais alto, criando momentos inolvidáveis.

Um dos pontos altos, depois de um instrumental muito bem conseguido, passa pela atuação do artista, sozinho em palco, acompanhado do seu violão, para cantar o poderoso tema “É isso aí”. A sala deixa de respirar por alguns segundos. Com uma voz envolvente e um tema muito especial, o público silencia-se para ouvi-lo cantar, num momento marcante.
Seguem-se um par de temas emblemáticos até que se “feche a cortina”, com uma enorme ovação da sala, às quase duas horas de boa música.
Seu Jorge e a sua banda haveriam de regressar, com os grandes sucessos na algibeira. Foi ao som de “Felicidade”, “Amiga da minha mulher” e “Burguesinha” que o cantor encerrou um espetáculo grandioso, feliz e emblemático. Numa gigante celebração da música brasileira, o carismático e enérgico anfitrião sabe como entreter e cativar o seu público, do primeiro ao último acorde.
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