"Ela morreu durante a noite, durante o sono", disse à AFP Marieke Verharen, da agência Features Creative Management, que representava a atriz, de 60 anos.
Verharen afirmou que Kristel faleceu "em consequência de um cancro". A atriz tinha sido internada em julho num hospital de Amesterdão devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Kristel lutava, há mais de dez anos, contra um cancro na garganta que se estendeu a um pulmão.
Embora tenha tido uma presença discreta no grande ecrã nas últimas décadas, Sylvia Kristel ficou como um dos ícones da sétima arte dos anos 1970 ao protagonizar «Emmanuelle», um dos títulos mais emblemáticos e polémicos do cinema erótico. O filme foi tão bem sucedido que se manteve em cartaz durante mais de dez anos num cinema de Champs-Elysees, em Paris.
Realizado pelo francês Just Jaeckin, «Emmanuelle» adaptou o romance homónimo de Marayat Bibidh Andriane e foi seguido de cinco outros filmes centrados na personagem - «Emmanuelle a Antivirgem» (1975), «Goodbye Emmanuelle» (1977), «Emmanuelle IV» (1984), «Emmanuelle V» (1987) e «Emmanuelle VI» (1993) -, além de vários telefilmes.
Apesar de se ter destacado através do clássico softcore, Sylvia Kristel participou também em filmes de Claude Chabrol, Roger Vadim e Alain Robbe-Grillet.
A atriz nasceu a 28 de setembro de 1952, iniciou o seu trabalho como modelo aos 17 anos e inicialmente tencionava ser professora. Nos últimos anos, dedicou-se à pintura, participou em alguns telefilmes e editou, em 2006, a autobiografia «Nua», editada em Portugal pela Ambar, onde abordava a sua vida pessoal e profissional sem evitar temas como as consequências da fama, episódios menos felizes dos seus casamentos, a forma como lidou com o cancro ou o consumo de cocaína ou de álcool.
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