Nas redes sociais, os responsáveis pelo site publicaram uma carta aberta dirigida às criadoras da série, Lana e Lilly Wachowsky, onde frisam que estão disponíveis para produzir uma nova temporada e garantem que têm milhares de visitas diárias.
"Sabemos que uma série sobre a diversidade é difícil de se vender a algo mainstream como a Netflix. Nós não temos essas limitações e também entendemos a interligação das sexualidades além dos limites. O xHamster tem uma longa história de luta a favor dos direitos de discurso sexual e sexualidade não-normativa", sublinham, acrescentando que o objetivo é dar continuidade à história e não fazer uma paródia.
"Sabemos que somos uma casa improvável. Porém, há cinco anos, as pessoas riram-se da ideia de que a Netflix poderia produzir uma série original. Nós achamos que a nossa hora, como a vossa, chegou", escreveu o vice-presidente do site, Alex Hawkins.
Aceitar a diferença
Os oito personagens principais da série são "sensates", essencialmente humanos, mas dotados de uma capacidade de percepção sobrenatural, que os liga permanentemente entre si. Todos são perseguidos pelo Sr. Whispers, também com capacidades psíquicas acima do normal, que trabalha para a misteriosa Biologic Preservation Organization (BPO).
Depois da primeira temporada, na qual cada um dos oito toma consciência da sua condição, o que ignoravam até então, os oito "sensates" contra-atacam, unindo forças graças ao seu dom.
"Sense8" fica mais complexa, com uma intensidade dramática maior do que a da primeira temporada, estreada em 2015.
O resultado é uma série inclassificável, com saltos de ritmo constantes. Alterna passagens muito melodramáticas, que em alguns momentos lembram as telenovelas, com sequências lineares e lutas muito similares ao mundo de "Matrix", que revolucionaram o cinema neste aspeto.
"Não sei com o que compará-la", afirma Terrence Mann, que interpreta o Sr. Whispers e considera a série "brilhante".
"É muito pessoal", afirma Naveen Andrews, Jonas Maliki em "Sense8".
Tal como em "Matrix", as Wachowski evocam a relação dominante-dominado, da minoria e da maioria, assim como as diferenças, um tema que voltou a ganhar destaque com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e o avanço do nacionalismo em muitos países.
Para Tina Desai, a série "diz às pessoas que é preciso manterem a calma e não ter tanto medo do outro, aceitar as diferenças, para irem além e nos entendermos".
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