Há duas semanas, o lendário ator e comediante John Cleese surpreendeu com o anúncio de que ia ressuscitar mais de 40 anos depois a lendária 'britcom' britânica "Fawlty Towers" ("A Grande Barraca" em Portugal).
Apesar do estatuto lendário, a série original apenas teve duas temporadas de seis episódios cada, transmitidos em 1975 e 1979, acompanhando as mirabolantes tentativas do infeliz e maníaco Basil Fawlty e da sua esposa Sybil de manter a funcionar o seu hotel, o casamento e até o empregado espanhol Manuel.
A terceira temporada da série será escrita com a filha Camilla Cleese e promete levar Basil Fawlty, cujo mau humor e arrogância arrancaram muitas gargalhadas a gerações de espectadores, da pequena cidade britânica de Torquay para as Caraíbas.
As reações ao regresso foram extremadas, mas muitos partilharam a opinião do jornal The Guardian (alinhado com a esquerda política britânica), que apontava que a nova série era uma má ideia e seria um "pesadelo anti-woke".
Nas redes sociais, onde se mostra sempre muito ativo, Cleese fez poucos comentários sobre o tema, mas garantiu que era "possível fazer algo suficientemente divertido" e "claro, completamente diferente" mesmo que muitos assuntos não possam ser agora abordados e que o jornal "inventou uma nova forma de criticismo, ataca não o que foi escrito, mas o que acha que PODE ser escrito".
Agora, o comediante "pediu" desculpa e até perdão a todos os afetados pela sua decisão: "Devo pedir desculpa. Não tinha noção que a ideia de escrever uma nova série de comédia com a minha filha causaria tanta fúria e angústia. Sinceramente, não foi por mal. Ingenuamente, pensei que poderia ser divertido. Mas sinto-me péssimo por ter libertado esta maré de emoção negativa. Por favor, perdoem-me".
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