"É um filme de Natal e trata-se da descoberta do Klaus, através do Jesper, uma personagem de Smeerensburg que vai ter um castigo... vai ter de escrever seis mil cartas para o Klaus, que é o Pai Natal. Ao princípio tem uma grande dificuldade porque ninguém escreve em Smeerensburg, ninguém é simpático. Dá-se toda a gente muito mal na aldeia e ele consegue, através de muitas aventuras e com o Klaus, as seis mil cartas e Smeerensburg torna-se num local incrível para viver e ele já não quer voltar para casa". Este é o ponto de partida de "Kalus", segundo César Mourão. O filme de animação estreia esta sexta-feira, dia 15 de novembro, na Netflix, e conta com Mia Rose, César Mourão e Luís Mascarenhas.
O filme representa a primeira vez que a Netflix destaca talento português para dar voz às suas personagens. A equipa que realizou "Klaus", a SPA Studios, de Madrid, conta ainda com dois portugueses: Sérgio Martins, Animation Supervisor e Edgar Martins, Supervisor do Story Department.
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De acordo com a Netflix, "Klaus" acompanha a história de Jesper (César Mourão), que é considerado o pior aluno na escola para carteiros e é enviado para Smeerensburg, uma ilha gelada sob o Círculo Polar Ártico, onde os habitantes mal trocam duas palavras.
"Jesper está prestes a desistir quando conhece a professora Alva (Mia Rose). Também descobre Klaus (Luís Mascarenhas), um misterioso carpinteiro que vive sozinho numa cabana cheia de brinquedos feitos à mão. Estas amizades improváveis fazem com que as gargalhadas regressem a Smeerensburg, criando assim um novo legado de vizinhos generosos, tradições mágicas e meias carinhosamente penduradas na chaminé", avança o serviço de streaming em comunicado.
Para Luís Mascarenhas, que já deu a várias vezes voz ao Pai Natal, "Klaus tem uma figura imponente". "É um homem muito grande, que cria algum receio ao início. O Jesper tem muito dele ao início porque anda com um machado a cortar árvores. Mas é uma personagem interessante e com uma abordagem diferente", conta o ator ao SAPO Mag.
Durante a aventura, Jesper conhece a professora Alva, personagem da atriz e cantora Mia Rose. "No início do filme, a Alva é um bocadinho resmungona, parece que está de mau humor. É apresentada como uma peixeira em Smeerensburg, mas a paixão dela é ensinar. Ela é professora... só que vive numa aldeia, numa vila, onde as crianças não aprendem, não vão à escola e perde um pouco o seu propósito", começa por explicar.
"Interpretar a Alva foi giro porque há uma dualidade na personalidade dela, que é interessante descobrir. Ela começa o filme como resmungona e depois torna-se mais simpática, mais fofinha. Foi muito giro para mim", confessa Mia Rose.
Para César Mourão, a "transformação do Jesper" é um dos ingredientes principais do filme. "Ele descobre que é na simplicidade das coisas que está a felicidade e não em tudo o resto. Isso foi o que mais me fascinou", conta o ator em conversa com o SAPO Mag.
"Há imensas coisas que nós sabemos sobre o Pai Natal, o Klaus. Aquelas coisas de quando um rapaz se porta mal, ele leva com carvão; que há lista dos bons e dos maus... É giro ver como eles conseguiram criar isso no quotidiano e como inventaram, neste caso o Jesper, as regras. Achei fascinante", acrescenta Mia Rose.
"Klaus", uma história criada e dirigida pelo espanhol Sergio Pablos, co-criador de " Gru - O Maldisposto", já se encontra disponível na Netflix Portugal. "O que diria para convencer a verem o filme? Eu não diria nada porque acho é um filme que não é preciso ser convencido para se ir ver. É um filme que fala do Natal com outra perspectiva, com outra roupagem e com outra visão. Faz com que as crianças queiram ir ver e, portanto, qualquer frase que nós possamos dizer aqui ficará muito aquém do filme", frisa César Mourão.
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