Sam Neill fez uma atualização sobre o seu estado de saúde depois de ter revelado em março na sua autobiografia que estava enfrentava um cancro raro no sangue em fase III.
O ator neozelandês de 76 anos, conhecido do grande público como o paleontólogo Alan Grant na saga "Parque Jurássico", disse que fez tratamentos de quimioterapia, mas que deixaram de funcionar ao fim de três meses.
A equipa médica mudou então para para um medicamento raro que requer "indefinidamente" infusões a cada duas semanas e que colocou o cancro em remissão há 12 meses.
No entanto, o ator foi avisado que apenas conseguiu um adiamento e eventualmente o tratamento deixará de funcionar.
“Estou preparado para isso”, diz numa entrevista ao programa "Australian Story", do canal Australian Broadcasting Corporation.
Noutro momento, acrescenta: "Sei que o tenho, mas não estou realmente interessado nisso. Está fora do meu controlo. Se não se pode controlar, não se deixe envolver nisso".
Os dias que se seguiram ao tratamento foram "muito sombrios e deprimentes", com o ator a dizer que se sentia como se tivesse feito um combate de boxe de dez assaltos.
As reflexões "profundas" sobre a sua mortalidade surgiram quando quando foi informado que estava doente em maio de 2022.
Agora, diz que não tem "medo nenhum", mas que seria "chato".
O medo é outro: a possibilidade de ter de ser forçado a colocar fim à carreira de ator.
“Enche-me de horror”, admitiu.
Sam Neill é um dos atores mais famosos naturais da Nova Zelândia, onde começou a carreira ainda na década de 1970.
Além do papel do reputado paleontólogo Alan Grant em "Parque Jurássico" (1993), "Parque Jurássico 3" (2001) e "Mundo Jurássico: Domínio" (2022), outros momentos de uma carreira que continua intensa foram "Os Comandos da Força Z" , a minissérie "Reilly - Rei dos Espiões", "Um Grito de Coragem", "Calma de Morte", "Caça ao Outubro Vermelho", "O Piano", "O Encantador de Cavalos", "O Homem Bicentenário", "Angel - Encanto e Sedução", a série "Peaky Blinders" e a participação cómica em "Thor: Ragnarok".
Por agora, receios da reforma forçada são infundados: a segunda temporada de uma minissérie australiana e um filme com Annette Bening interrompido pela greve dos atores de Hollywood são projetos deste ano.
Resta viver o dia a dia, com o ator a dizer que fica "feliz por estar acordado" por cada um que se inicia.
Passada a má disposição do tratamento, revela que tem "dez dias em que não poderia sentir-me mais vivo ou contente por estar a respirar e a olhar para um céu azul".
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