O escritor angolano Ndalu de Almeida conquistou o Prémio Vergílio Ferreira 2023 da Universidade de Évora (UÉ) devido ao seu contributo para que o português "seja língua de reconciliação" e "de consciência crítica", anunciou a academia alentejana.
“Tal facto constitui mais um passo significativo para o reconhecimento qualitativo da literatura contemporânea angolana e dos escritores angolanos, no contexto da língua portuguesa, nossa língua oficial”, salientou o ministro angolano, num comunicado de imprensa enviado às redações.
Filipe Zau desejou à nova geração de escritores angolanos que “continue a seguir os caminhos do sucesso da geração dos escritores mais idosos, para que a sua contribuição, em prol da literatura angolana de expressão portuguesa”, preste o seu “relevante papel” à promoção da cultura angolana, bem como a difusão da língua portuguesa no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e nas diferentes diásporas.
Instituído pela UÉ em 1996, para homenagear o escritor que lhe dá o nome, o Prémio Vergílio Ferreira destina-se a galardoar anualmente o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante nos domínios da ficção e/ou ensaio.
Em 2020, cumpriram-se os 20 anos da estreia literária de Ondjaki, que, ao longo da sua carreira, recebeu já diversas distinções.
O galardão instituído pela UÉ foi atribuído, pela primeira vez, a Maria Velho da Costa, seguindo-se Maria Judite de Carvalho, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Óscar Lopes, Vítor Manuel de Aguiar e Silva, Agustina Bessa-Luís e Manuel Gusmão.
Fernando Guimarães, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Mário de Carvalho, Luísa Dacosta, Maria Alzira Seixo, José Gil, Hélia Correia, Ofélia Paiva Monteiro, Lídia Jorge, João de Melo, Teolinda Gersão, Gonçalo M. Tavares, Nélida Piñon, Carlos Reis, Ana Luísa Amaral e Helena Carvalhão Buescu foram os outros premiados.
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