Numa nota enviada à agência Lusa, a autarquia refere que as 70 obras a concurso foram apreciadas por um júri constituído por Alípio de Melo, representante do município de Gouveia, José Manuel Mendes, da Associação Portuguesa de Escritores, e Manuel Frias Martins, da Associação Portuguesa de Críticos Literários.
O prémio tem um valor pecuniário de dez mil euros e será entregue ao autor em cerimónia pública a realizar em outubro, no âmbito do Festival Literário Em Nome da Terra.
António Garcia Barreto nasceu na Amadora, licenciou-se em História, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Viveu a guerra colonial, foi empregado de livraria, técnico de organização e métodos, gestor de recursos humanos e diretor de pessoal em empresas de grande e média dimensão.
O premiado tem publicado romance, conto e literatura infantojuvenil, colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Notícias (de Lourenço Marques/Maputo), Diário Popular, República e jornais e suplementos infantis como o Pimpão e o Pontinho.
António Garcia Barreto já recebeu vários prémios literários. Em 1972 recebeu o 1.º Prémio de Poesia, nos Jogos Florais da Manutenção Militar e em 1973 obteve o 1.º Prémio de um Concurso de Contos promovido pelo Diário Popular. Em 1996 foi distinguido no Prémio Literário Hernâni Cidade, promovido pela Câmara Municipal do Redondo, e em 2000 recebeu o Prémio Literário de Sintra - Adolfo Simões Müller, promovido pela Câmara Municipal de Sintra. Em 2021 recebeu o Prémio Literário Orlando Gonçalves de Ficção Narrativa, instituído pela Câmara Municipal de Amadora, com o seu romance "O Discreto Cavalheiro".
O Prémio Literário Vergílio Ferreira, instituído pela Câmara Municipal de Gouveia, pretende homenagear o escritor Vergílio Ferreira e incentivar a produção literária, contribuindo desta forma para a defesa e enriquecimento da língua portuguesa.
O galardão já distinguiu, entre outras, as obras “Que possível ensaio sobre a verdade em Vergílio Ferreira”, da autoria de Maria do Rosário Cristóvão (2018), “Dor de Ser Quase, Dor Sem Fim”, de Iolanda Martins Antunes (2016), “O Cómico em Vergílio Ferreira”, de Jorge Costa Lopes (2013), “Diário dos Imperfeitos”, de João Morgado (2012), “Estação Ardente”, de Júlio Conrado (2006) e “José Saramago: a Literatura e o Mal” de Carlos Nogueira.
Vergílio Ferreira, o autor de “Manhã Submersa” nasceu na aldeia de Melo, no concelho de Gouveia, na Serra da Estrela, em 28 de janeiro de 1916, e morreu a 1 de março de 1996.
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