O museu Roald Dahl, no centro da Inglaterra, condenou o "inegável" racismo do célebre autor britânico de livros infantis, dois anos depois de sua família pedir desculpas pelas suas declarações antissemitas.
Roald Dahl morreu em 1990, aos 74 anos. Entre as suas obras mais populares encontram-se "Charlie e a Fábrica de Chocolate", "Matilda", "James e o Pêssego Gigante", "GGG - O Grande Gigante Gentil" e "O Fantástico Sr. Raposo". Vários dos seus contos foram levados ao cinema.
Porém, o escritor também é conhecido pelas suas declarações antissemitas. Numa entrevista à revista britânica New Statesman em 1983 legitimou o antissemitismo e justificou as ações de Hitler.
O museu condenou em nota todo "racismo, incluindo o antissemitismo, dirigido contra qualquer grupo ou indivíduo".
"O racismo de Roald Dahl é inegável e indelével, mas o que queremos que perdure é o potencial do legado criativo de Dahl para fazer o bem", escreveu o museu.
O texto será exibido na entrada do museu, situado em Great Missenden, Buckinghamshire. Também foi publicado em seu 'site' na internet.
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