O jornalista Miguel Carvalho liderou uma investigação sobre a fadista, que apresentou os primeiros resultados em outubro do ano passado, na revista Visão Biografia.

Fonte da editora disse à agência Lusa que a obra "apresenta de forma mais alargada" uma perspetiva da vida da criadora de "Povo que Lavas no Rio", que foi vigiada pela PIDE, a polícia política da ditadura do Estado Novo, por suspeita de apoio aos comunistas, e revela ainda que Amália manteve atitudes ambíguas com o regime.

A investigação, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, revela documentos oficiais, designadamente um registo dos serviços centrais da PIDE com o pedido de bilhete de identidade de Amália Rodrigues, de 1957, e um relatório de 1939 que incluía o nome da fadista na denominada "Organização Comunista no Fado".

É ainda revelada uma carta do arquivo do antigo líder da ditadura, o ex-presidente do Conselho de Ministros, António de Oliveira Salazar, que Amália Rodrigues lhe escreveu dias antes da inauguração da atual ponte 25 de Abril, em 1966, e na qual, segundo Miguel Carvalho, a artista "se derrete de orgulho pátrio e elogios ao destinatário".

O livro de Miguel Carvalho é publicado a cerca de um mês da passagem de cem anos sobre a data de nascimento de Amália Rodrigues.

Amália (1920-1999) começou a cantar em 1939, no Retiro da Severa, em Lisboa, e protagonizou uma das mais bem sucedidas carreiras da música portuguesa de século XX, tendo atuado nos principais palcos mundiais.

A fadista gravou poemas de Luís de Camões, Teresa Rita Lopes, Pedro Homem de Mello, José Régio, David Mourão-Ferreira, Alexandre O'Neil, entre outros escritores, e composições de autores como Alain Oulman, Frederico Valério, José Galhardo e Franco Li Causa.

"Amália, Ditadura e Revolução, a História Secreta", de Miguel Carvalho, chega aos escaparates livreiros no dia 30 de junho, com a chancela das Publicações D. Quixote.

No mesmo dia sai para as livrarias "Porto, a Entrada para o Mundo", de Neill Lochery, pela Casa das Letras, autor que tem escrito sobre Portugal.

No dia 2 de junho está previsto a publicação de "O Cabo do Medo, o Daesh em Moçambique junho 2019-2020 ", do comentador político Nuno Rogeiro.

Rogeiro, editou recentemente "O Pacto Donald: Trump - Novo Contrato com a América ou Fraude?" (2017), "Menos que Humanos. Imigração Clandestina e Tráfico de Pessoas na Europa" (2016) e "O Mistério das Bandeiras Negras. Ascensão e Queda do Dito Estado Dito Islâmico" (2015).

Pela Casa das letras é publicado, no dia 2 de junho, "De Olhos Postos no Amanhã, Valorizar o Bem-estar, a Resiliência e a Sustentabilidade no Século XXI", de Éloi Laurent, investigador do Observatório francês das Conjunturas Económicas.

Pela Casa das Letras, no dia 23 de junho, são publicados "Renascer", de Luísa Jeremias, autora do romance "Preciso de Ti" (2011) e coautora de "Noites de Lisboa" (1998). Sairá também "A Arte da Salada", de Julie Deffense.

No dia 16, por esta mesma chancela do Grupo LeYa é publicado "Em Casa da Bruxa", da canadiana Arin Murphy-Hiscock.

Pela D. Quixote chega às livrarias, no dia 02, "Margarida Espantada", de Rodrigo Guedes de Carvalho, e, no dia 9, o novo romance de Isabel Rio Novo, "Rua de Paris em Dia de Chuva".

"Em Todos os Sentidos", livro de crónicas de Lídia Jorge, é publicado a 16 de junho, e, a fechar o mês, no dia 30, o "Livro de Vozes e Sombras", novo romance de João de Melo.

Nesta data é também publicado o romance "O Último Verão dos Klingsor", de Hermann Hesse (1877-1962).

Outro romance, mas da norte-americana Siri Hustvedt, "Recordações do Futuro", chega às livrarias no dia 23 de junho.

Com a chancela da Oficina do Livro é publicado, no dia 16, "Furacão Hamilton", memórias do jornalista desportivo Sérgio Veiga sobre o automobilista britânico Lewis Hamilton, que foi seis vezes campeão mundial de Fórmula 1.