Depois de três temporadas esgotadas e tendo sido vista por mais de 15.000 espectadores, “Todas as Coisas Maravilhosas” poderá também ser vista a 4 e 5 de fevereiro, no Convento S. Francisco, em Coimbra, acrescenta o comunicado hoje divulgado.
A depressão, família, o amor, as crises existenciais e até o suicídio são temas que atravessam a peça de Duncan MacMillan, num espetáculo que Ivo Canelas aborda com humor, de forma intimista e em que convida o público a participar.
A ação do monólogo inspira-se na história verídica de uma criança que, à medida que cresce, vai anotando uma lista de razões para viver, com o objetivo de tentar auxiliar a mãe a ultrapassar uma depressão.
É “um dado empírico que a pandemia e este novo normal evidenciou o tema da saúde mental". "Esta peça aborda o tema da depressão de uma forma tão frontal provoca em todos uma montanha-russa de emoções onde a nossa história pessoal se parece confundir com a história dos personagens”, observa Ivo Canelas que também encena a peça, citado pelo comunicado.
“Estou ansioso por poder voltar a fazer este espetáculo e agora sem a obrigatoriedade de máscara! Só isso, é já uma coisa maravilhosa para acrescentar à lista”, acrescenta o ator, responsável pela adaptação da peça com a escritora Margarida Vale de Gato.
Estreado com sucesso no Fringe Festival, em Edimburgo, e levado à cena em diversos países, o monólogo, por Ivo Canelas, garantiu ao ator a distinção do Prémio Espectáculo Solo pelo Guia dos Teatros 2020.
“Todas as Coisas Maravilhosas” fez ainda parte da lista dos 30 Melhores Espectáculos de 2019 pela Comunidade Cultura e Arte.
A peça assume uma importânia acrescida numa altura em que a necessidade de sensibilização sobre a saúde mental tem sido alvo de debate público, sobretudo a necessidade de identificação precoce de sintomas, a de pedir ajuda e a de haver respostas de saúde pública, sublinha a promoção da obra.
As receitas da primeira récita revertem a favor da Associação SOS Voz Amiga, uma linha de apoio emocional disponível para ajudar quem se encontra em sofrimento causado pela solidão, ansiedade, depressão ou risco de suicídio, enquanto as da sessão do dia seguinte vão para a Mansarda, uma Instituição Particular de Solidariedade Social de apoio a artistas, com carácter social, cultural e cívico.
Com assistência de encenação e direção de cena de Dora Berardo, a peça “Todas as Coisas Maravilhosas” tem produção executiva da H2N / Hugo Nóbrega e coprodução da estúdio Time Out / Mariana Vale.
O desenho de luz é de Paulo Sabino e o som de Sebastião Santos e Tomás de Almeida.
Nascido em 1980, em Inglaterra, Reino Unido, Duncan Macmillan é conhecido pela adaptação moderna de textos clássicos e direção conjunta de peças com o seu compatriota, também dramaturgo e encenador Robert Icke (1986), entre as quais a trilogia “Oresteia”, de Ésquilo, e “1984”, de George Orwell.
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