Entre as obras - que estiveram em exposição pública durante dez dias antes do leilão - encontram-se criações de artistas muito cotados internacionalmente, como Damien Hirst e Henry Moore.
No conjunto estão 267 pinturas, na sua maioria de artistas do século XX, do Reino Unido, cujo valor global ascende a dez milhões de libras (quase 12 milhões de euros).
Intitulado "#BowieCollector", o leilão vai dividir-se em três partes, duas delas com arte moderna e contemporânea, e uma terceira centrada em peças do desenhador italiano Ettore Sottsass e do Grupo Memphis.
David Bowie morreu a 10 de janeiro, em Nova Iorque, vítima de cancro, dois dias após lançar o seu derradeiro álbum, "Blackstar", gravado quando já se encontrava doente.
O autor de temas como "Life on Mars" e "Space Oddity" escondeu dos olhos do público a sua faceta de colecionador de pintura, escultura e móveis, que agora se revela pela primeira vez.
No leilão será possível adquirir trabalhos de autores como Graham Sutherland, Frank Auerbach, Stanley Spencer, Patrick Caufield e Peter Lanyon, Marcel Duchamp, Henry Moore, peças de arte africana contemporânea, arte marginal e surrealismo, movimentos pelos quais Bowie - que também arriscou a pintura - tinha um gosto especial, como os trabalhos do chamado "Grupo Gugging”, feitos por pacientes da clínica psiquiátrica de Viena.
A peça mais valiosa é "Air Power" (1984), um 'graffiti' de Jean-Michel Basquiat, com um preço estimado entre 2,5 e 3,5 milhões de libras (de 2,9 a 4,1 milhões de euros).
Bowie comprou esta pintura, que mostra rostos agressivos sobre um fundo em vermelho intenso e diferentes tons de castanho, um ano depois de protagonizar o filme "Basquiat" (1996), no qual interpretou o artista da 'pop art' Andy Warhol.
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