Segundo informações divulgadas no site do prémio, foram selecionados 21 livros semifinalistas de poesia, entre 1.188 inscritos, e 20 títulos semifinalistas de prosa, entre 1.466 inscritos.
As 41 obras semifinalistas foram escolhidas por 159 jurados e foram escritas por autores de quatro nacionalidades diferentes: 24 brasileiros, 14 portugueses, dois cabo-verdianos e um moçambicano.
Na prosa, destaca-se a presença de nove autores brasileiros e oito portugueses. Os autores portugueses selecionados nesta categoria são João Tordo, José Luís Peixoto, Isabela Figueiredo, Joana Bértholo, José Gardeazabal, Lídia Jorge e Susana Piedade.
Já os brasileiros são Alex Andrade, Carola Saavedra, Cristovão Tezza, Diogo Bercito, Julián Fuks, Manoela Sawitzki, Paulo Paniago, Sofia Nestrovski e Valentina Silva Ferreira.
Além dos brasileiro e portugueses foram selecionados os cabo-verdianos Mário Lúcio Sousa e Joaquim Arena, assim como o moçambicano Hélder Muteia.
Chama a atenção também a prevalência de 18 romances ante dois livros de crónicas e nenhum de contos ou dramaturgia, nos selecionados.
Os organizadores frisaram num comunicado que na categoria poesia há o destaque para os autores brasileiros. Concorrem a um lugar entre os finalistas, 15 livros brasileiros e seis portugueses.
Há cinco poetas estreantes entre os semifinalistas; são os brasileiros Clara Delgado, Daniela Rezende, Evandro Camperom, Julia Peccini e Nathália Lima. Autores já conhecidos, como Claudia Roquette-Pinto, Edmilson de Almeida Pereira, Ricardo Aleixo e Pedro Eiras também foram selecionados.
Nesta edição, o prémio teve inscrições divididas em duas listas, uma de poesia, outra de prosa (romance, conto, crónica) e dramaturgia, contando com júris específicos para a avaliação das obras e, portanto, o prémio passa a ter dois vencedores, um para cada lista.
Outra novidade da edição de 2023 diz respeito ao valor do prémio, que passa a ser de 300 mil reais (57 mil euros), divididos entre os vencedores de poesia e da categoria prosa e dramaturgia, com 150 mil reais (cerca de 28,8 mil euros), para cada um.
Todo o processo é organizado pelos curadores Manuel da Costa Pinto, do Brasil, Isabel Lucas, de Portugal, Nataniel Ngomane, de Moçambique, e Matilde Santos, de Cabo Verde, com coordenação da gestora cultural luso-brasileira Selma Caetano.
Neste ano, ainda, o anúncio dos vencedores, em dezembro, volta a ser feito a partir do Brasil, onde não era realizado desde 2019. Em 2020, a transmissão foi 'on-line', devido à pandemia de covid-19. Em 2021, a cerimónia aconteceu em Portugal, seguido de Moçambique, no ano passado.
Em 2022, de acordo com a lista de vencedores então em vigor, que atribuía três primeiros lugares, Alexandra Lucas Coelho conquistou o Prémio Oceanos com "Líbano, Labirinto", seguida do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho, por "Museu da Revolução". O terceiro lugar foi para a escritora brasileira Micheliny Verunschk, por "O Som do Rugido da Onça".
O Oceanos é realizado via Lei de Incentivo à Cultura pelo Ministério da Cultura do Brasil, e conta com o patrocínio do Banco Itaú e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa; com o apoio do Itaú Cultural, do Ministério da Cultura e do Turismo de Moçambique, do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde e o apoio institucional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
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