O cantor Marco Paulo morreu esta quinta-feira, dia 24 de outubro, aos 79 anos, noticiou a estação de televisão SIC Notícias, do mesmo grupo de media onde tinha um programa semanal. Marco Paulo foi diagnosticado recentemente com dois cancros, um no pulmão e outro no fígado.
Nas redes sociais, colegas e amigos têm recordado o cantor, intérprete de êxitos como “Eu tenho dois amores” e “Maravilhoso coração”.
No Instagram, a SIC agradeceu a Marco Paulo "por tudo". "Obrigado pelas canções. Pelos sorrisos. Pela inspiração. E pela demonstração de força e garra ao longo de todo o caminho. Mas, acima de tudo, por seres sempre tu — na música, nos palcos, na televisão e na vida. Foste sempre maior do que a vida, querido Marco. Obrigado por tudo. E até sempre", escreveu a equipa da estação de televisão.
"Um homem com uma fé inabalável"
A cantora Simone de Oliveira lamentou hoje a morte de Marco Paulo, o que faz de Portugal um país "um pouco mais cinzento do que é costume”, reconhecendo ”uma voz inesquecível” no intérprete de "Ninguém, ninguém".
Em declarações à agência Lusa, Simone de Oliveira realçou o homem de quem foi amiga, que Portugal "conhece" e que era “um homem de fé, que lutou até ao fim”.
Simone descreve Marco Paulo como “um homem simples": "O que ele gostava era de cantar [...], de guardar os seus discos, as suas recordações".
Marco Paulo “era um homem com uma fé inabalável", prosseguiu a intérprete de "Sol de Inverno" e “Desfolhada Portuguesa” garantindo que, "às vezes, gostava de ter metade da fé que ele teve".
Simone admite que o cantor de "Maravilhoso Coração" possa estar agora "num sítio onde ele gostaria de estar - talvez não tão cedo -, mas um sítio ao pé daquela Virgem de quem ele tanto gostava, a quem ele tanto rezava”, frisou, numa referência à Senhora de Fátima de quem Marco Paulo assumiu o culto.
A cantora, que reside na Casa do Artista, disse ter sido apanhada de surpresa logo de manhã quando duas pessoas tiveram "a gentileza” de a informar sobre a morte do cantor - não é hábito ligar a televisão “tão cedo”, observou.
Marco Paulo, que já fora vítima de dois cancros e que hoje morreu na sequência do terceiro, ”era um homem com muita fé”, reiterou.
Simone lembrou que cantaram juntos “várias vezes”. Foi ao programa de televisão que o cantor teve na SIC, e juntos apadrinharam também as Noivas de Santo António de Lisboa.
Lamentando “profundamente” a morte de Marco Paulo, sobretudo “pelo que ele sofreu”, a intérprete de “No teu Poema” afirmou que dele “fica a saudade, fica a ternura, fica o respeito”.
Sentida, Simone afirmou ser "um bocadinho difícil dizer alguma coisa mais”, além de deixar “um abraço imenso, um beijo enorme, [o seu] respeito, [a sua] gratidão e a saudade” a Marco Paulo e à sua família.
"Imprevisível, talentoso, lutador, brincalhão, único"
Herman José considerou Marco Paulo "imprevisível, talentoso, lutador, brincalhão, único" na sua página no Instagram.
Cristina Ferreira também recordou o cantor na rede social. "O Marco não precisa de grandes explicações. Foi um dos maiores artistas deste país. Deixa as canções mais emblemáticas. Nossa senhora lhe dê a mão. Obrigada, Marco", escreveu a apresentadora da TVI.
"Se há pessoa que soube honrar a vida, essa pessoa foste tu", começou por frisar Fátima Lopes. "Nunca desististe, lutaste sempre até ao fim. Ensinaste-nos todos os dias o efeito e a força que o amor tem em nós. E ensinaste-nos que, rodeados desse amor, conseguimos superar-nos e conseguimos ir até onde achávamos que não seria possível. Foste sempre uma força da natureza, um verdadeiro vencedor", acrescentou.
"Devemos-te um enorme Obrigada! Obrigada pelo tanto que nos deste. Obrigada pelo tanto que partilhámos juntos. Até sempre, meu querido", rematou a apresentadora.
Manuel Luís Goucha foi outra figura pública a despedir-se do cantor nas redes sociais. "Tantas vezes que o recebemos no “Você na Tv” e era sempre uma festa. Cantávamos com ele e o coro era de milhares e milhares de vozes que sabem as suas canções de trás para a frente", relembrou o apresentador da TVI no Instagram.
Nuno Markl recordou uma das canções de Marco Paulo na sua homenagem online. "No meio de uma carreira monumental, conquistando quem o ouvia com o coração e quem o ouvia por diversão, o meu momento favorito sempre foi esta proeza: Ninguém Ninguém, com aquelas rajadas de versos disparadas sem sacrifício de nenhuma sílaba, e aquele refrão épico que se divide em dois, é, sem sombra de ironia, uma das minhas “canções ligeiras” - chamemos-lhe canções pop - favoritas de sempre", escreveu o apresentador e radialista na sua página no Instagram.
O divulgador de música e diretor da Antena 1, Nuno Galopim, lembrou "a voz rara e extremamente dotada" do artista e o "fenómeno" em que se transformou na música portuguesa.
"O Marco Paulo é um fenómeno de uma altura em que quem o compra não é alguém que está numa outra geração a redescobrir memórias do passado. O Marco Paulo cria uma multidão de seguidores entre aqueles que, na sua geração e à volta dela, estão a vê-lo a crescer enquanto artista. Não cresce como fenómeno de nostalgia", afirmou o radialista à agência Lusa.
"Um grande aplauso!! Meu querido, nosso querido Marco", escreveu o apresentador João Baião nas redes sociais.
"Querido Marco Paulo, que triste estou com a tua partida. Que descanses em paz e obrigada por tanto amor ao público, com as tuas canções, que como tu, serão eternas! Beijo carregado de saudades", despediu-se a apresentadora Teresa Guilherme.
Na sua conta no Instagram, Daniel Oliveira destacou a ligação do cantor à SIC. "Quis cantar até ao fim, quis fazer o programa até ao fim. Quis receber todos até ao fim. Quis ser tudo até ao fim. Rimo-nos todas as vezes em que estivemos juntos. Todas mesmo, até nas últimas. Desafiou todos os terríveis diagnósticos que teve ao longos de 3 décadas e manteve-se fiel à pessoa que sempre foi", frisou o Diretor de Programas da SIC na sua conta no Instagram.
No texto, Daniel Oliveira recordou que "o programa na SIC lhe trouxe o entusiasmo de ter a sua casa cheia de gente todas as semanas, de estar em contato com o seu público". "E deu-lhe uma parceira, a Ana, e uma equipa a que chamava de família e a quem vai deixar muitas saudades. Tinha uma voz portentosa e inimitável, que ficará viva, num legado ímpar que deixa ao cancioneiro popular português", elogiou.
"A SIC honra a sua memória e estamos-lhe gratos por tudo o que fizemos juntos. Uma palavra para os seus mais próximos, que tudo fizeram até ao último momento para que fosse em paz o seu 'Maravilhoso Coração'", rematou.
A cantora Mónica Sintra também se despediu do colega nas redes sociais: "Querido Marco. Hoje queria falar contigo. Receber o teu abraço e olhar para o teu sorriso. Serás eterno. Obrigada por tudo. E por cada coisa. Até sempre".
No site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa também recordou Marco Paulo. "O Presidente da República recebeu com pesar a notícia do falecimento do cantor Marco Paulo, que esteve presente na vida musical portuguesa longas décadas, e apresente os seus amigos sentimentos à família, amigos e admiradores", pode ler-se na nota.
"Presto sentida homenagem a Marco Paulo, grande referência da cultura portuguesa que hoje partiu. Deixa um legado musical marcante, que atravessa gerações e une Portugal. Condolências pessoais e do Governo à família e amigos", escreveu Luís Montenegro nas redes sociais.
No X, antigo Twitter, a autarquia lisboeta também homenageou o cantor: "A Câmara de Lisboa lamenta a morte de Marco Paulo e envia sentidas condolências à família e amigos do cantor".
O cantor, cuja carreira esteve ligada durante cerca de 34 anos ao produtor musical Mário Martins na discográfica Valentim de Carvalho, construiu um repertório maioritariamente de versões em português, tendo optado por um modelo de atuação no esteio de nomes como Tony de Matos (1924-1989), Rui Mascarenhas (1929-1987) e António Calvário.
"O perfil artístico que desenvolveu gerou controvérsia pela imagem e estilo interpretativo que cultivou, popular”, lê-se na “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (2010).
Outras despedidas a um "grande artista"
O músico Pedro Abrunhosa, o cantor Tony Carreira, o investigador João Carlos Callixto, a fotógrafa Rita Carmo, o curador Tiago Bartolomeu, a jurista Carmo Afonso, a economista Susana Peralta confluem para a ideia de "grande Marco Paulo", na música portuguesa, tal como o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, o ministro da Defesa, Nuno Melo, e o líder do PS, Pedro Nuno Santos.
A fadista Aldina Duarte partilhou um texto que tinha escrito para a coletânea “Ouro e Platina (1978-2003)” de Marco Paulo, dizendo que a sua voz “pertence indiscutivelmente ao grupo restrito das vozes sobredotadas, o seu timbre é inconfundível e clarividente, a sua extensão rara, a sua consistência melódica impecável”.
Pedro Abrunhosa, no Facebook, recorda com maiúscula "a Voz da música popular e romântica [que] percorreu a vida de todos nós, intelectuais ou calceteiros, com a leveza de quem não quer incomodar mas apenas cumprir-se".
O criador de "Não posso mais" acrescenta que "um país é o somatório de todos" e espera que "a viagem tenha tido um pouco de todas as cores", para o cantor. E conclui: "Obrigado, Marco Paulo, também pelo teu contributo para a dignificação do nosso mister de saltimbancos do reino triste".
Tony Carreira, no Facebook, lembra "um grande artista que sempre amou a vida e tanto lutou por ela", deixando "a eterna admiração, não só pelo artista, mas também pela pessoa incrível que foi e pela obra que deixa."
Os músicos Samuel Úria e Rui Bandeira partilharam fotografias e canções de Marco Paulo, e o fadista José Gonçalez revelou que o próximo programa televisivo “Em Casa d’Amália", na RTP, será de homenagem ao artista.
João Carlos Callixto, que soma anos de investigação da 'música ligeira' em Portugal, escreve no Facebook: "Morreu hoje um dos mais populares cantores portugueses das últimas seis décadas". E publica a imagem de capa de um dos primeiros singles de Marco Paulo, "Oh! Lady Mary".
A investigadora Ana Leorne, autora de "This Is the Strangest Life I’ve Ever Known – A Psychological Portrait of Jim Morrison", recorda um aspeto pioneiro de Marco Paulo: "Não esquecer nunca que a primeira utilização do [sintetizador] Roland TB-303 em Portugal foi na 'intro' do 'Eu Tenho Dois Amores', uns meros meses depois de ter chegado ao mercado. RIP Marco Paulo, pioneiro também da electrónica tuga."
A repórter fotográfica Rita Carmo, com mais de três décadas de registo do meio musical para publicações como a Blitz, atualizou a sua foto de capa no Facebook, com uma imagem do cantor da sua autoria e a mensagem: "Descansa, grande Marco".
A comentadora de assuntos económicos Susana Peralta recorda, na rede X, "o poeta que pôs as mulheres tugas a sonhar com safadezas". "Grande Marco Paulo", conclui.
Carmo Afonso, jurista e comentadora política, por seu lado, também na ex-rede Twitter, garante: "Todos nós temos Amália na voz, mas reparem que também temos um bocadinho de Marco Paulo."
Tiago Bartolomeu Costa, curador, ex-coordenador do projeto de digitalização FILMar, escreveu na X: "Não se põe um país a cantar as suas canções ao longo de várias gerações se não se for um grande artista".
A antiga apresentadora da RTP Margarida Mercês de Mello, numa mensagem no Facebook, sublinha o profissionalismo do cantor, num testemunho que remonta aos anos de 1980, quando "Marco Paulo (por ser da música dita ligeira, o que corresponderia ao pré-pimba, agora tão idolatrado por todos os canais...) não passava na televisão". "Mas havia um programa que fazíamos para as comunidades portuguesas, chamado 'Mosaïque', em colaboração com a televisão francesa. E aí sim [...], era bem-vindo".
Mercês de Mello descreve, nessa mensagem, o cuidado de Marco Paulo na escolha do fato para as filmagens: "Tinha de facto uma relação exigente, obsessiva com a profissão, respeito pelo seu público e perseguiu sempre aquilo que para ele era a perfeição. Se necessário, com sacrifício", como nos últimos anos, perante a doença. "Mas ele sujeitava-se a esse sofrimento, para que tudo parecesse normal e perfeito. E era feliz."
Antiga trabalhadora do Coliseu do Porto, Maria Moita, na rede X, recorda igualmente o profissionalismo de Marco Paulo, nos bastidores do concerto dos seus 50 anos de carreira: "Star quality. Ficámos até às três da manhã com ele a assinar autógrafos."
Segundo a sua biografia oficial, “50 Anos a Viver um Sonho” (2017), de Cristiana Rodrigues e Ana Oliveira, Marco Paulo cantou pela primeira vez num casamento, quando tinha pouco mais de 11 anos, tendo interpretado “La Campanera”, do repertório do 'cantor-menino' espanhol Joselito.
Marco Paulo é o nome artístico de José Simão da Silva, uma escolha do produtor Mário Martins e do letrista Eduardo Damas (1922-2005), definida quando o seu contrato com a discográfica Valentim de Carvalho ficou firmado, contou à Lusa Mário Martins.
O cantor nasceu em 21 de janeiro de 1945 em Mourão, no distrito de Évora, e mais tarde foi viver com os pais para Alenquer, no distrito de Lisboa, onde fez parte fez parte do rancho folclórico local, a partir de 1958.
Em 1963, fixou-se com a família no Barreiro, na margem sul do rio Tejo, no distrito de Setúbal. Aqui passou a ter aulas de canto com a soprano Corina Freire (1897-1986).
Em 2017, em entrevista à agência Lusa, o cantor recordou “a pessoa que o descobriu", a fadista Cidália Meireles (1924-1972), que na década de 1940 se celebrizara no trio das Irmãs Meireles. A fadista ouviu-o num ensaio com a cantora lírica, e levou-o ao seu programa na RTP, “Tu cá, tu lá”, em meados de 1965.
“Foi aquele momento, aquela hora, que despontou tudo”, disse Marco Paulo. De imediato seguiram-se as primeiras gravações, as participações no Festival da Figueira da Foz, em 1966, com a canção "Vida, alma e coração", de Eduardo Damas e Manuel Paião, e no Festival RTP da Canção, em 1967, com “Sou tão feliz", de António Sousa Freitas e Nóbrega e Sousa. Voltou ao Festival da RTP em 1982, com “É o fim do mundo”, de João Henrique e Fernando Guerra.
O seu disco de estreia, "Não sei", de 1966, foi uma versão de António José da canção “Vorrei”, dos italianos Sergio Bardotti e Gian Piero Reverberi, gravada pelo francês Alain Barriére, em 1965.
Seguiu-se um disco com Simone de Oliveira, com a qual gravou “Tu e só tu”, uma versão de “Something Stupid” (Carson Parks), gravada em 1966 por Nancy e Frank Sinatra.
Em 2016, quando celebrou 50 anos de carreira, em declarações à Lusa, o intérprete de “Ninguém, ninguém” afirmou que vendeu milhões de discos, gravou mais de 70 álbuns e EP, contabilizando 140 galardões de platina, ouro e prata, e um de diamante.
Marco Paulo argumentou que conhecia o país "como poucos", pois atuou “em todo [o território], de cidades a vilas e aldeias”, sem esquecer os antigos territórios ultramarinos sob administração portuguesa, e as comunidades portuguesas em França, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Venezuela e África do Sul, entre outros locais.
Uma “carreira imensa” da qual se afirmava grato, reconhecida em 2016 com um Globo de Ouro/SIC-Caras por Mérito e Excelência.
À Lusa, fazendo um balanço de carreira, em que até foi atração de circos, onde cantava "Jesus Cristo", de Roberto Carlos, a fechar a atuação, Marco Paulo foi perentório: “O público foi fundamental”.
“Quem me fez chegar aqui foi o público, de todas as idades e de todas as condições. Foram eles que compraram os meus discos, que assistiram aos meus concertos”, disse, referindo ter tido “sempre gente muito competente” ao seu lado, de produtores a músicos, compositores e autores.
Entre outros, Marco Paulo trabalhou com António José, Mário Martins, Rosa Lobato de Faria, Joaquim Luís Gomes, Fernando Correia Martins, Jorge Machado, Shegundo Galarza, Luís Filipe e Emanuel, entre músicos, escritores/letristas, produtores.
Marco Paulo representou Portugal em festivais como as Olimpíadas de Atenas, em 1970, com "O homem e o mar", ano em que também realizou uma digressão pelo Canadá, e no da Organização Ibero-americana de Televisão (OTI), em Miami, nos Estados Unidos, em 1989, com a canção “Rosa morena”.
O cantor apresentou dois programas na RTP, "Eu tenho dois amores" (1994) e "Música no coração" (1996), que adotavam títulos dos seus êxitos, e um na SIC, com Ana Marques, “Alô, Marco”.
“Taras e manias”, “Nina”, "Joana”, “Morena, morenita”, “Sempre que brilha o sol”, “Como passaram os anos”, “Só falei para te dizer que te amo”, versão do sucesso de Stevie Wonder, foram alguns dos êxitos de uma carreira que ganhou novo impulso em 1977 com sucessos como “O comboio da meia-noite” e “Mulher sentimental”.
Em 2016, Marco Paulo prometia continuar a cantar, enquanto se 'sentisse bem' e projetava novos álbuns.
“Não estou a pensar terminar daqui a dois anos, ou deixar de cantar. Eu quero continuar a cantar enquanto o público me deseja e eu sinta que o posso fazer. Se me sentir bem e [se sentir] que as pessoas me apoiam, quero continuar a cantar, mas não vou andar aí a arrastar-me. Vou continuar a ir aos sítios onde eu gosto e me sinto bem”.
Em 2017, Marco Paulo publicou o duplo álbum "Ao Vivo No Campo Pequeno - Tour 50 Anos", que assinalava o meio século de carreira; em finais de 2019, depois de ter atuado nesse ano na então Altice Arena, publicou o CD/DVD "As nossas canções", a que se seguiram os 'singles' "Abraça-me", "Adeus, adeus (Bella ciao)" e "Jesus Salvador".
Em maio de 2022, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o cantor com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique, e Marco Paulo publicou o seu derradeiro álbum de estúdio, "Por ti", anunciado pela editora Espacial, que o representou nos últimos anos, com quatro inéditos de José Cid, Elton Ribeiro, Miguel Gameiro e Nelson Canoa, a par de versões de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, e de uma homenagem a Dino Meira.
Em junho desse ano, o artista anunciou que sofria um cancro no pulmão, mas afirmou acreditar que ia ultrapassar a doença.
"A primeira vez, há 18 anos, os médicos viram os meus exames e davam-me três meses de vida. Ainda cá estou, mas sempre em vigilância", disse o cantor recordando outro episódio oncológico detetado na mama.
"Eu sou muito positivo. Quem já passou por quatro problemas de saúde complicados e vai para o quinto... Tenho a sorte de me rodear de médicos que me permitem tratar-me."
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