A organização destaca ainda num comunicado que o Som Riscado vai ter, mais uma vez, “irreverência, inovação, interatividade e mistura de diferentes valências”.
A inauguração oficial do festival será a 23 de novembro, às 18h00, no Palácio Gama Lobo, com a instalação interativa “oCo”, criada pela Sonoscopia.
Esta instalação estará patente ao longo de todo o festival, de 23 a 26 de novembro, incentivando os visitantes a “participarem e a alterarem a paisagem sonora, à medida que produzem sons”.
Segundo a nota, “oCo” é um dispositivo eletroacústico, um captador e emissor de som que se molda arquitetonicamente aos espaços, “relendo” constantemente o ambiente que o rodeia e emitindo novas paisagens sonoras.
No dia anterior ao início oficial do festival, no dia 22 de novembro, haverá duas sessões para escolas, em “modo pré-festival”, com “Texturas”, pelo Coletivo Algarve Art Lab, no bar do Cineteatro Louletano.
Este grupo fará também um espetáculo de entrada gratuita para o público em geral em 23 de novembro, às 19h00, no Cineteatro Louletano.
Segundo a organização, “Texturas” é uma performance que cruza a música instrumental e a arte visual, utilizando a Media Art digital como mediador e recorrendo a algoritmos de Inteligência Artificial.
Ainda no dia de abertura, às 21h00, haverá um concerto no Cineteatro Louletano de :PAPERCUTZ, com a apresentação do projeto que liga o produtor Bruno Miguel ao orquestrador Bruno Ferreira, com projeção de imagens originais filmadas em Portugal e na Islândia.
Em 24 de novembro, é a vez da apresentação de “Over our Heads” na sede do Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé (às 19h00 e 21h00).
Este grupo vai convidar o público a “construir desenhos com e sobre linhas. Brincando e criando desenhos suspensos que mudam a cada interação, numa espécie de relação ecológica entre os visitantes e a instalação”.
No mesmo dia, haverá no bar Bafo de Baco, em Loulé, um concerto multimédia de entrada gratuita com os Holy Nothing, um quarteto de música eletrónica que cria “diálogos imprevisíveis entre sintetizadores e guitarras baianas, ‘drum machines’ e pandeiros”, e os Koiástudio.
No dia 25 de novembro no Cineteatro Louletano, às 17h00, será a vez dos The Gift, com um concerto “diferente e conceptual” em que vão apresentar o disco “Coral”, uma proposta que combina um coro clássico com elementos eletrónicos, unidos pela voz de Sónia Tavares.
A organização do Som Riscado explica que a apresentação deste espetáculo envolve os quatro membros da banda e um coro de 20 cantores, totalizando 24 pessoas em palco, num “espetáculo visual complexo”.
“Coral” será apresentado pela primeira vez num concerto inclusivo com Língua Gestual Portuguesa (LGP), permitindo que pessoas surdas tenham “uma experiência diferente num concerto de música ao vivo”, segundo a nota.
Ainda no sábado, mas à 21h00, na mesma sala vai atuar Stereossauro, com a obra “Tristana”, um disco sobre a perspetiva feminina, onde todas as músicas são centradas nas suas vivências e situações dramáticas.
Os organizadores do festival explicam que “Tristana” aborda assuntos como a violência doméstica, a saúde mental, as oportunidades perdidas e os desgostos amorosos, juntando a música tradicional, a voz do fado e a guitarra portuguesa com a eletrónica, sintetizadores e caixas de ritmos.
O último dia do festival, 26 de novembro, arranca no Auditório do Solar da Música Nova (11:00) com uma oficina pela artista Mariana Miguel.
As inscrições para esta oficina podem ser feitas em cinereservas@cm-loule.pt.
Da parte da tarde, no mesmo local, às 17h00, Mariana Miguel dá um concerto ao piano, com videoprojeção interativa, para apresentar o seu primeiro álbum de música original, “Piano Oceano”, utilizando “técnicas não convencionais num piano preparado”.
A fechar a edição de 2023 do Som Riscado estarão no Cineteatro Louletano (19h00) BandexTV, com um projeto multimédia que, segundo os organizadores do festival, junta música, vídeo e crítica social.
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