Maria João Pires, Matthias Goerne, Jordi Savall, Martha Argerich, Grigory Sokolov, Mitsuko Uchida, András Schiff, Nikolai Lugansky, Alexander Melnikov, Javier Perianes, Gabriela Montero, Yuja Wang, Lorenzo Viotti, Nuno Coelho, Giancarlo Guerrero, Pinchas Zukerman são outros nomes na programação da temporada.
A estreia de Batič como titular acontece no ano em que o Coro Gulbenkian assinala 60 anos.
O primeiro concerto da maestrina está marcado para 16 de outubro, no grande auditório da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), em Lisboa, com a participação do organista António Esteireiro, no qual será interpretada música sacra e secular de Anton Bruckner.
Ao longo da temporada, Martina Batič irá ainda dirigir o Barroco português de Carlos Seixas e Francisco António de Almeida, num programa que incui ainda as influências de Alessandro e Domenico Scarlatti, em novembro, mais os tradicionais concertos de natal e de páscoa, com duas obras de Johann Sebastian Bach: a Oratória de Natal e a Paixão segundo São Mateus.
Martina Batič venceu o Concurso Eric Ericson, em 2006. Na anterior temporada (2023-2024), foi a titular do Ensemble Vocal da Dinamarca. Tem dirigido um repertório versátil, da música coral e de câmara à orquestral. Estudou em Liubliana e em Munique, foi maestrina principal do Coro da Radio France, de 2018 a 2022. Antes, fora a diretora artística do Coro Filarmónico e do Coro da Ópera Nacional Eslovena.
O primeiro concerto da temporada, no dia 7 de setembro, no Vale do Silêncio, em Lisboa, faz parte do ciclo “Lisboa na Rua”, e será protagonizado pelo Coro e Orquestra Gulbenkian, sob a direção do maestro Cesário Costa, cujo programa inclui obras de Bizet, Verdi, Mascagni, Mozart, Orff, Marquez e Borodin.
No dia 14 de setembro, no Grande Auditório Gulbenkian, “enquadrado pelas comemorações do cinquentenário do 25 de Abril [de 1974]”, é apresentado “Sons de uma Revolução”, “um projeto participativo, partilhado entre o Artallis – Conservatório d'Artes de Loures, a Gulbenkian Musica e o Centro de Arte Moderna”, que “resulta de uma encomenda dirigida ao artista visual e sonoro Mikhail Karikis, para refletir sobre a noção de revolução”, acompanhado pelas propostas de três compositores portugueses: Sara Ross, Teresa Gentil e Francisco Joaquim.
“Karikis questionou os cerca de 50 jovens participantes no projeto, sobre as revoluções de que hoje precisamos como sociedade, apontando um foco especial às alterações climáticas”, refere a Gulbenkian em comunicado.
A orquestra será dirigida pelo maestro Diogo Costa, e a coreografia é de Maruan Sipert, contando ainda com a participação do sociólogo e etnomusicólogo Alix Sarroy.
O maestro titular da Orquestra Gulbenkian, Hannu Lintu, vai dirigir uma dezena de concertos duplos, durante a temporada. Em 26 de setembro, será o primeiro, dedicado a “A Danação de Fausto”, de Berlioz, com o Coro Gulbenkian e o Coro Infantil do Instituto Gregoriano de Lisboa, a meio-soprano Jamie Barton, o tenor Paul Appleby, o barítono Arttu Kataja e o baixo Mikhail Petrenko, como solistas. O programa é repetido no dia seguinte.
O último dirigido por Lintu, a 29 e 30 de maio, conta com a 9.ª Sinfonia, de Beethoven, de novo com o Coro e a Orquestra Gulbenkian, num programa que também inclui “The Wrath of God” ("A Ira de Deus"), de Sofia Gubaidulina. Serão solistas a soprano Ambur Braid, a meio-aoprano Jess Dandy, o tenor Michael Weinus e o baixo Matthew Rose.
O maestro convidado principal da Orquestra Gulbenkian, e ex-titular, Lorenzo Viotti, tem previsto três concertos durante a temporada, o primeiro dos quais a 24 de outubro, que vão incluir a 7.ª Sinfonia de Bruckner, a 1.ª de Brahms, o Concerto para Clarinete de Mozart, com o clarinetista Carlos Ferreira, e o poema sinfónico “Pelléas e Mélisande”, de Schoenberg.
Ao longo da temporada, a Orquestra será dirigida, entre outros, pelos maestros Nuno Coelho, Giancarlo Guerrero, Pinchas Zukerman, Peter Dijkstra, Muhai Tang, Krzysztof Urbánski, Aziz Shokhakimov e Susanna Mälkki, sem esquecer Muhai Tang e Lawrence Foster, outros antigos titulars. O Coro também contará com Inês Tavares Lopes.
Um regresso esperado à grande sala da Palhavã é o da pianista Maria João Pires, anunciada para o dia 8 de abril, para interpretar o ciclo de 'lieder' "Viagem de Invero", de Schubert, com o barítono Matthias Goerne.
O Ciclo de Piano conta com os nomes de Grigory Sokolov, Mitsuko Uchida, András Schiff, Nikolai Lugansky, Yefim Bronfman, Lucas Debargue e Kirill Gerstein.
Raul da Costa, Alexander Melnikov, Javier Perianes, Alexander Malofeev, Joonas Ahonen e Boris Giltburg são outros pianistas, anunciados para programas com a Orquestra Gulbenkian.
No âmbito do Ciclo Grandes Intérpretes está prevista a participação de Jordi Savall, com o Hespèrion XXI, das pianistas Martha Argerich, Gabriela Montero e Yuja Wang, que tocará com Mahler Chamber Orchestra.
O agrupamento Il Pomo d’oro, outro nome regular nas temporadas da Gulbenkian, vai apresentar dois concertos, um dos quais, sob a direção musical do cravista Francesco Corti, no dia 1 de março próximo, com o tenor Michael Spyres, dedicado ao universo vocal barroco.
O outro concerto, no próximo dia 15 de dezembro, às 18:00, é dedicado às “Sacrae Cantiones” (Liber primus), de Carlo Gesualdo, por Il Pomo d'Oro, sob a direção de Giuseppe Maletto.
Em 06 de junho, será a vez do concerto para piano de Vasco Mendonça, "Step Right Up", uma encomenda da Gulbenkian, a interpretar pela Orquestra, sob direção de José Eduardo Gomes e Raul da Costa como solista.
Este concerto é apresentado acontece no âmbito da festival New Music Days, um dos maiores acontecimentos anuais dedicados à nova música, que vai no 40.º aniversário e que se realiza em Portugal pela primeira vez, entre maio e junho de 2025, no Porto e em Lisboa, com organização do Miso Music Portugal.
A programação integral da Temporada Gulbenkian 2024-2025 fica hoje disponível no site da Gulbenkian Música.
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