A artista, que antes da pandemia chegou a realizar meia centena de espetáculos fora de Portugal por ano, explicou à agência Lusa que esta é uma primeira tentativa para voltar a entrar no circuito internacional.
“Vai ser um bocadinho como um relançamento da minha música a nível internacional. Antes da pandemia tinha [a representação de] várias agências europeias que, infelizmente, faliram”, porque “não havia concertos, nem música nova a sair, nem hipótese de poderem marcar concertos e ‘tours’”, recordou Débora Umbelino.
Assim, ficou pelo caminho não só a rede que ajudou a levar o disco de estreia, “Antwerpen” (2017), a vários países estrangeiros, como também outros projetos cancelados em sequência da pandemia.
“Tinha [prevista] uma residência em Los Angeles [nos Estados Unidos da América] para trabalhar com uma banda da Índia e outra da Tailândia que acabou por ir abaixo também… Espero que possamos remarcar para outro ano ou em breve”, afirmou.
Com as 19 atuações previstas para pequenas salas e clubes de Espanha, França, Suíça e Itália entre os dias 28 de fevereiro e 17 de março, Surma espera “abrir muitas pontes e reencontros e tentar reconectar-[se] com outras agências e contactos a nível europeu - e não só”.
Um dos objetivos da artista de Leiria é “internacionalizar ao máximo” o seu trabalho e, admite, tinha “muitas saudades de voltar à estrada com este nível de intensidade”.
“Tenho muitas saudades de andar de carrinha assim, por vários países da Europa”, para “dar a conhecer a minha música a nível internacional”, acrescentou.
Na bagagem leva “alla”, o disco lançado em 2023, para “dar a conhecer um bocadinho esta nova era Surma”.
Com as músicas mais recentes vão também “três ou quatro mais velhinhas, mas adaptadas a este novo mundo do ‘alla’”. E também é possível que, ao vivo, “haja uma surpresa meia de improviso, a partir do EP que lancei em dezembro [de 2023]”, intitulado “If I’m not home: I’m not far away”, em homenagem ao compositor e músico japonês Ryuichi Sakamoto (1952-2023).
Para esta digressão, Surma prepara um espetáculo “meio concerto normal, meio concerto-instalação”, como os que apresentou em formato trio, em 2023, com João Hasselberg e Pedro Melo Alves. “Vai ser consoante as salas, mas está pensado para explorar a vertente mais instalativa e mais sensorial”, avança.
Este conjunto de 19 atuações levará Surma até alguns palcos onde atuou antes da pandemia, como La Parenthèse, em Nyon (Suíça), ou Ho! Gruf, em Lugo (Espanha).
“Tentámos fazer uma ‘tour’ o mais intensa possível, para tentar percorrer o máximo possível de salas icónicas. Acho que vai ser muito divertido e muito bonito. Estou muito excitada e ansiosa por poder voltar à estrada. Estou muito expectante a todos os níveis”, concluiu.
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