A 10 de outubro de 2023, há um ano, Carminho entrou nos estúdios de Steve Albini, nome incontornável do pós-punk dos anos 80 que morreu subitamente na primavera deste ano, para uma sessão de gravação. Das horas com o produtor, que trabalhou com os Nirvana, PJ Harvey, Pixies ou Mogwai, nasceu o EP "Electrical Audio".
Tudo começou com um dia de folga premeditado, durante a terceira digressão da artista pelos Estados Unidos, no outono de 2023, e uma sessão de gravação no estúdio do produtor norte-americano. Aquela sessão no dia 10 de outubro de 2023, para a qual Carminho tinha unicamente a expectativa de viver a experiência de trabalhar com Steve Albini e de gravar música pela primeira vez em fita, acabou por acrescentar um novo capítulo à sua carreira.
O dia foi passado a trabalhar com os seus músicos - usando instrumentos como o mellotron, o lap steel e a guitarra elétrica (que a fadista tinha acrescentado aos instrumentos tradicionais portugueses no seu álbum anterior, 'Portuguesa') e com o produtor. E nesse dia acabaram por gravar as quatro canções que compõem "Carminnho at Electrical Audio", que conta com um dueto com Caetano Veloso.
Este EP terá ainda uma edição em vinil, que estará disponível em novembro., e marca o início da relação entre Carminho e a Sony Music.
Carminho “nasceu no meio das guitarras e das vozes do fado, filha da conceituada fadista Teresa Siqueira, estreou-se a cantar em público aos 12 anos, no Coliseu”, lê-se no ‘site’ oficial da artista.
Editou o primeiro álbum em 2009, intitulado “Fado”, ao qual se seguiram “Alma” (2012), "Canto" (2014), “Carminho canta Tom Jobim” (2016) e “Maria” (2018).
Em março do ano passado chegou “Portuguesa”, álbum composto por 14 temas, entre os quais “O quarto”, entretanto incluído na banda sonora do filme “Pobres Criaturas”, de Yorgos Lanthimos, que esteve nomeada aos Óscares deste ano.
A fadista aparece no filme, que se estreou em setembro do ano passado no Festival Internacional de Cinema de Veneza, em Itália, a interpretar à guitarra portuguesa “O quarto”, numa cena com a atriz Emma Stone, num cenário de uma Lisboa imaginária, de tempo indefinido, mas onde não faltam azulejos, ruelas antigas e muitos pastéis de nata.
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